Babel eletrônica

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Como se eu já não ficasse doida o suficiente com vários endereços de email, 2 blogs, freelas, MSN, Orkut e o escambau, resolvi aderir à nova mania da internet: o twitter.

Nunca ouviu falar? É um mini blog em que os participantes respondem à pergunta “o que você está fazendo agora?”. Uma espécie de mix entre Orkut e MSN, em que você pode seguir as pessoas, ler os comentários que elas escrevem e vice-versa.

Nessa espécie de cyber-Babel, em que todo mundo fala ao mesmo tempo, rolam encontros & desencontros, risadas, dicas, banalidades, filosofias, ou seja, “de um tudo”! Desde que caiba em 140 caracteres!

Para seguir o twitter do Moda Sem Frescura, clique aqui.

Intervalo

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Queridos amigos, visitantes, bloggers, fashionistas

Repararam que nos últimos dias o blog andou meio devagar, com poucos posts?

É que estive ocupada escrevendo uma matéria enooorme sobre blogs de moda. Mas já estou no final e prometo um monte de novidades para os próximos dias, tá!

Top Blog

Vale a pena conhecer o blog Diane, a Shaded View on Fashion, editado por Diane Pernet, que também é criadora do site IQONS. Lá, você encontra notícias fresquinhas sobre estilistas, designers, exposições e eventos internacionais.

Entre os posts publicados recentemente, adorei o que fala do designer têxtil israelense Tzuri Gueta, mestre em criar tecidos para alta-costura e acessórios, feitos de silicone. Sua série de bijouxs com formas orgânicas, inspiradas em seres marinhos, é deslumbrante.  

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Protesto

Vai ser neste domingo a caminhada de protesto contra o caos aéreo.

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 Abaixo, o artigo escrito por Cecília Giannetti, intitulado “Não existimos”, publicado na Folha de São Paulo de hoje. Na minha opinião, é a coisa mais lúcida que li sobre o assunto, até agora.

LIGO O Google Earth para me certificar se o Brasil e- xiste. Procuro o país na bola azul que, clique vai, clique vem, subdivide-se toda em terras, águas, nações etc., até chegar numa quitanda na ilha do Governador, estabelecimento gerenciado há uns 200 anos pela mesma portuguesa, a dona Odete.
Virtualmente, portanto, há Brasil. E dona Odete, ao menos na ilusão criada pelo Google Earth, ainda anota numa caderneta o que devem os que não pagam na bucha.
Muito do que acontece neste país me faz duvidar de que estejamos no mapa. Os gabinetes oficiais devem estar vazios, os corredores dos palácios do governo, no escuro.
Creio que sequer haja uma lâmpada que pudesse ser acesa, caso restasse em alguma sala um fun- cionário exercendo o ofício de varrer o grotesco para debaixo do tapete.
Não existimos. Somos invisíveis. Por isso nos permitimos ser levianos, apontar culpados generalizadamente, atirar primeiro e perguntar depois. Estamos sozinhos.
Não faz diferença a quem acusamos -eles não estão lá. Eles não estão nem aí. Eles vêem as ruas vazias, ninguém nos aeroportos, nos hospitais, nas escolas públicas. Para eles, que não nos enxergam, não há gente em lugar nenhum. Portanto, não se interessam pela contagem dos corpos mortos por negligência em um avião.
O noticiário me dá a entender que estamos fora do mundo. Uma questão meio Morrissey, meio existencial: o ex-vocalista dos Smiths afirmava, em refrão dos anos 80, que se sentia excluído da raça humana. Frescura: ele é inglês e jamais teve um governante chamado Collor.
Cada país tem seus problemas. Mas os nossos, os dos brasileiros, deviam ser capa de conceituada revista da comunidade científica ou render um seriado de TV como o sci-fi “The 4400”. É que desaparecemos, todos nós. Ninguém nos vê.
Gestos obscenos na TV dão a medida do respeito que eles, que não nos vêem, têm por nós. Não somos um povo, somos uma alucinação coletiva que só nós temos. Em época de eleição, fazemos aparições que eles computam e aproveitam. Depois, tornamos a sumir do mapa torto, deixamos de pertencer ao país. Somos invisíveis por omissão dos outros ou por omissão nossa? Devíamos esfregar o desrespeito na cara deles diariamente, com gana, até arrancar-lhes os olhos. Eles não nos vêem.
É o país do Deus-nos-acuda; porque ninguém mais vai fazê-lo.
Se instituíssem por aqui a Lei Seca e cortassem o fornecimento de antidepressivos e ansiolíticos, também não teríamos coragem de olhar. A seco, o Brasil não desce pela goela.
Não somos notados, passamos despercebidos como seres humanos. Vagamos bovinamente assistindo às tragédias, temendo o abatedouro, cujas formas de abater são multiplicadas pelo abandono.
Somos invisíveis, órfãos, viúvos, ex-amigos de gente que virou pó, de quem não vamos esquecer e que nunca existiram para aqueles que não são capazes de nos enxergar.

pílula do dia seguinte

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“A cultura de massa é uma cultura de consumo, inteiramente fabricada para o prazer imediato e a recreação do espírito, devendo-se sua sedução em parte à simplicidade que manifesta”. Gilles Lipovetsky, O Império do Efêmero

O que se faz, em nome dessa simplicidade, na mídia atual, me dá arrepios na espinha. Ainda bem que existe a Piauí. Aliás, um email que enviei para a revista, falando da matéria das cópias na moda, foi publicado na nova edição. Achei legal. Leia aqui o texto original.

Parabéns para a revista e para a jonalista Daniela Pinheiro pela matéria sobre os plágios da moda. Tenho uma crítica a fazer: quando a repórter descreve com ironia as roupas usadas pelos entrevistados, revela uma atitude preconceituosa, igual à que tanto se critica no mundinho fashion, e enfraquece a matéria. Fiquei curiosa para saber qual seria a descrição do look usado por ela. Seria intelectual-com-ar-superior-fingindo-não-se-importar-com-a-moda? Ou a ironia se aplica só aos fashionistas? Aproveito também para dizer que no BlogView –blog de moda coletivo, do qual participo– a matéria foi discutida e continuará a ser aprofundada nos próximos dias. Graças ao conteúdo inteligente e aos textos longos da revista, criamos a gíria “escrever uma piauí”. Afinal, veja só, vocês também estão lançando moda! Biti Averbach

Pílula

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Frase interessante do dia:

Os modos de vida inspiram maneiras de pensar, os modos de pensar criam maneiras de viver”.

Gilles Deleuze, Nietzsche

No alvo

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Todo mundo já teve um jeans rasgado, stonado, “destruído de fábrica”. Ou um moletom cuidadosamente puído, com imperfeições criadas por ácidos ou lixas. Agora, que tal uma camiseta pólo perfurada à bala? A idéia pode parecer meio absurda, mas foi o que fez a marca americana Attus Apparel. Os sócios, Whit Hiler e Jered Garrison, convidaram alguns amigos para descarregar chumbo grosso, tipo Magnum 357 ou 45, em bonecos vestidos com as tais camisetas. Gravaram tudo em video e puseram no youtube. É claro que isso acabou chamando a atenção da mídia: o jornal New York Times publicou, no dia 8 de julho, uma matéria sobre a marca.

O legal é que os caras, além de criativos, são bem irreverentes e irônicos. Aquele famoso bordadinho no peito, com desenho de animais ou logotipos, que costuma enfeitar as pólos, na Attus Attus Apparel têm outros contornos. O modelo chamado “hangover” (ressaca) mostra o desenho de uma privada, o “sid” presta homenagem ao punk com um moicano estilizado, e o “jerk” manda tudo para aquele lugar com um dedo médio em riste.

via desculpe a poeira

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PS- Fiquei pensando…se esse moda pega por aqui, o pessoal dos morros cariocas e do Jardim Ângela, em São Paulo, podia faturar uma graninha!

Honra ao mérito

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 E o vencedor do Quizz Show do dia 6 de julho foi….o Romeuuu (para variar, né! hehehehe). O Oliveros também acertou, embora tenha confessado que estava “colando” um dos resultados. Parabéns e obrigada a todos os participantes!

 A primeira foto saiu na Numéro Extase, de maio de 2007.

E a segunda foto saiu na S/Nº publicada em janeiro de 2003!

Quizz Show

Responda se souber: onde e qundo foram publicadas as imagens abaixo?

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Só vou dar uma dica: uma das fotos saiu numa revista brasileira.

Amanhã eu dou as respostas! Por enquanto, podem palpitar nos comentários.