Belíssima e inspiradora, como sempre, Costanza Pascolato foi fotografada por Scott Schuman, o Sartorialist. A foto tem uma luz muito bonita, e nossa fashionista aparece radiante.
Sempre à procura de um novo viés
Belíssima e inspiradora, como sempre, Costanza Pascolato foi fotografada por Scott Schuman, o Sartorialist. A foto tem uma luz muito bonita, e nossa fashionista aparece radiante.
Há alguns dias li um post da top jornalista Cathy Horyn, do NY Times, que falava sobre a maneira como as revistas estão reagindo à internet. E mais especificamente, sobre a versão impressa do site “i like my style” — uma rede social que permite a qualquer pessoa cadastrada postar fotos sobre seu estilo, compartilhar informações e trocar mensagens sobre moda. Fiquei curiosa para folhear um exemplar e hoje, por acaso, um deles veio parar em minhas mãos.
Achei bem interessante a maneira como o material, totalmente comunitário, foi editado: por semelhanças visuais, estilo, localização geográfica, categoria, relacionamento… Curiosamente, entre os participantes encontrei alguns brasileiros, como a drag Bianca Exótica e o fotógrafo Marcelo Krasilcic.
No slideshare abaixo dá para ter uma boa ideia de como é a publicação.
A ideia deste portifólio surgiu durante o último Senac Moda Informação, evento de moda do qual tive o prazer de participar, no início do mês, e até já rendeu dois posts, aqui e ali.
No dia do evento, a área destinada às palestras de street style tinha recebido um tratamento especial: as paredes foram grafitadas e vários pares de tênis customizados estavam pendurados pelo espaço. Como adoro grafite, fui procurar saber quem tinha feito aquele mural, e logo me apresentaram o Vinicius, mais conhecido como Popó. Engatamos num ótimo papo sobre street art, customização, arte barroca, e etc… Confira logo abaixo!
Clique nas imagens da galeria para ampliá-las
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O grafiteiro de 28 anos, que aparenta bem menos, me contou que começou a fazer arte na rua com cartaz lambe-lambe. “Pegava os papéis das bancas de jornal, desenhava e grudava com cola de farinha, que era mais em conta.”
Isso acontecia em Guarulhos, lugar onde nasceu. “Eu ia pra rua com um amigo, o Jimmy (JDUBS), e como meus desenhos estavam ficando cada vez maiores e havia a dificuldade de colar (porque eu sempre queria colar no alto para se ver melhor), o Jimmy sugeriu, meio irritado: ‘porra, porque você não pinta na parede, logo?’ Desde então fui aprendendo a mexer com o spray.”
Quais foram suas primeiras referências?
“Veio tudo de Guarulhos, dos amigos que já grafitavam há um bom tempo, coisa de 1995 pra cá. A Crew PINEL, CO2, Cubano, Merpol. Depois que mudei pra São Paulo vi uns lambe-lambes do ONESTO e do CIRO, em 2001. Fui pra rua colar meus primeiros desenhos com o Alemão (EUCONTRAEU) e um amigo de Buenos Aires, o Santiago. Nessa época desenhávamos à noite, saíamos pra colar só voltávamos quando o dia começava a clarear.”
Acha que já definiu seu próprio estilo ou ele ainda está se desenvolvendo?
“Tenho várias ideias e conheço diversas técnicas, mas ainda preciso aprimorar muito mais o meu estilo. Tenho alguns desenhos, na rua e em quadros, que ficam mais marcados, como o “P” do Popó que é um grapixo e os meus quadros com referências de santas estilizadas. É que trabalho com restauração de obras de arte, e as santas barrocas me influenciaram”.
Qual seu maior desejo, profissionalmente?
“Não sou formado em nada, já tive todo tipo de trabalho, desde fazer filmagem de parto até vender marmitas vegetarianas na Galeria do Rock. Já pastei muito nesta vida, mas tudo isso me deu bagagem para ser o que sou hoje. Hoje em dia trabalho com restauração de obras de arte e esse é o meu ganha-pão. Gosto do que faço mas preferiaria produzir e restaurar a minha própria arte.”
Uma parte dessa arte pode ser conferida no blog de Popó na MTV, o UPGRADE. Lá, ele mostra a expertise em trabalhos de customização e ainda dá dicas preciosas para quem quiser se aventurar a enfiar o pé na tinta. Eu achei bem legal o vídeo deste post, em que ele mostra a customização de um tênis com desenho de cupcake, para uma garota. Vale a pena ver!
OBS> A seção Portfólio é um espaço aberto para a divulgação de novos talentos e/ou trabalhos inéditos de autores já consagrados. Se você se encaixa numa dessas categorias, ou gostaria de indicar alguém, envie um email para modasemfrescura@gmail.com
Na semana passada, a New Era, uma das maiores fabricantes de headwear no mundo, organizou no DuplexClub, aqui em São Paulo, a primeira Cap Night do Brasil. O convite da festa especificava que o dress code (traje) deveria incluir boné. Eu não pude ir, por conta de compromissos profissionais, mas pedi para o meu amigo Glauco Sabino, do blog Descolex, conferir a noitada e escrever um post sobre este ícone da cultura urbana: o boné. Fala aí, Glauco!
“Nos EUA a cultura do boné tão forte que este tipo de festa é super comum. No começo, as baladas eram restritas às universidades. Mas, em pouco tempo, a onda chegou à Hollywood. E sabe qual é uma das marcas preferidas pelas estrelas (principalmente os artistas de hip hop)? A New Era. Criada nos Estados Unidos em 1920 pelo alemão Ehrhardt Koch, a grife ganhou notoriedade pela fabricação de bonés premium. O salto para o sucesso foi, sem dúvida, as bem-sucedidas parcerias com as ligas profissionais norte-americanas de Baseball, Basquete e Hóquei.
Aqui no país, a New Era chegou há poucos meses por meio de uma parceria com o estilista Marcelo Sommer, que colocou os bonés nos desfiles das marcas AfroReggae e Do Estilista no último SPFW. Enquanto rolavam os desfiles, os bonés chegavam às principais lojas do Brasil. A coleção atual apresenta cerca de 1.200 modelos divididos entre várias linhas, identificadas como “Gold”, para as lojas de moda e “Blue”, para as lojas de esporte. Além dos bonés licenciados pelas ligas, são lançados diversos modelos diferentes anualmente, dos tradicionais esportivos aos bordados com linha metálica e cristais para usar na noite.
O modelo cravejado de cristais, que aparece ao fundo, sai por R$ 2.400
Já faz um tempo que usar boné deixou de ser coisa restrita aos skatistas ou à dias ensolarados na praia. O acessório, que tem a cara das ruas, faz, hoje, a cabeça dos mais variados tipos de pessoas… Cada grupo, claro, seguindo um estilo. Já reparou?
Nas raves de psytrance, faz o par perfeito com os indispensáveis óculos escuros. (Tribe Ribeirão Preto. Crédito: Duzzek Alves)
Emos também adoram um boné… Principalmente se ele for quadriculado.
Na Inglaterra, os chavs são identificados pelos bonés xadrez falsificados da Burberry. Detalhe: como ser chav não é nada bacana por lá, diz que a grife até registrou queda nas vendas de produtos com a padronagem estampada.
O pessoal do hip-hop e do skate curte mesmo a aba reta, virada para o lado
Já as meninas costumam gostar de modelos mais variados e femininos, é claro. Como esse de crochê e esse de couro.
E até as drags e performers têm seu jeito especial de usar o acessório. Na foto, Marcelona.
Se eu quisesse, essa lista poderia ser bem maior, o que prova que os bonés são realmente democráticos e fazem o gosto de muita gente. No orkut, por exemplo, são mais de mil comunidades com o termo “boné”. Muitas, expressando todo o amor das pessoas pelo item. Outras, como a “Mulher de boné é frentista”, mostrando que nem são todos que gostam da moda.
E vc? Como usa o seu boné?”
Já está no ar mais uma edição da revista U_MAG editada por Romeuuu, com contribuição de Matheus Evangelista. Nesta edição, o zine mais descolado da internet aparece em novo formato, com links para várias matérias e citações musicais. Puro deleite pop!
Estou muito feliz com a repercussão das novas colunas semanais do BlogView. Em pleno fim de semana prolongado tivemos muitas visitas e comentários. O post do Oliveros, no domingo, falando sobre streetstyle no Brasil rendeu 14 comentários, até agora! E originou posts ótimos na Oficina de Estilo e no blog da Maria Prata.
Por conta desse assunto, decidi finalmente atualizar o blogroll, incluindo alguns blogs de streetstyle bacanas. E olha só o que acabei descobrindo: um blog carioca de moda de rua, chamado Fashion Lab Rio. E não é que nosso querido amigo e blogueiro Glauco, do Descolex, foi fotografado lá, durante o Fashion Rio?
E sabe o que mais eu descobri? Que, contrariando todas as probabilidades, acaba de abrir no Rio, uma loja de roupas japonesas alternativas! E os paulistas, cheios de marra, achando que aqui é que o povo se monta melhor, heim! hehehehehe!
A loja se chama Neko, foi idealizada por Victoria Fattore e Gabriel Brasil, tem um endereço físico no bairro do Catete e também vende pela internet, com pagamento pelo sistema PayPal. Victoria, que você vê na foto abaixo, é quem cria as peças —consumidas em sua maior parte por um público cativo, familiarizado com o streetstyle japonês. Ela, que já vendia suas criações em bazares há cerca de um ano, aposta que, com a abertura da loja, a onda deve se estender a quem queira comprar só uma pecinha para misturar aos básicos do dia-a-dia.
“No momento, as roupas que estão à venda se enquadram no estilo Gothic Lolita, mas vamos diversificar. E temos também roupas masculinas”, avisa Victoria.
Hoje, no Japão, o conceito dominante, em termos de estilo (no sentido amplo da palavra, não só na moda) é o kawaii, que em japonês quer dizer algo como “bonitinho”. Dentro deste universo de fofura e docilidade, com um toque ingênuo e infantil, se enquadram grupos como o Lolita, e sub-grupos como Gothic Lolita, Classic Lolita e Sweet Lolita. É uma loucura! Quem quiser saber mais sobre isto, pode clicar aqui.
Neko: rua Corrêa Dutra 99/slj 211 – Catete – Rio de Janeiro – RJ
Horário de funcionamento: terça à sábado, 12:00 – 20:00hs
Tel: (21) 2557 2917
E-mail: nekoshop@gmail.com