Já está no ar Reflexion, novo filme da D’Arouche, marca urbana e cool de David Pollack e Carolina Glidden-Gannon. Peças sofisticadas de moletom, malha e seda contracenam com rendas finíssimas e arranjos funéreos de flores, num clima denso e misterioso. Confira no site ou na loja!
A D’Arouche fica na alameda Franca 1349, tel. 11 3083-0144, Jardins, São Paulo, SP
A modelo Jessica Pauletto, com tive o prazer de trabalhar inúmeras vêzes em editoriais de moda, está estudando fotografia na Escola Panamericana de Arte e vai se formar este ano. A julgar pelo tumblr onde a moça posta suas fotos, a carreira por trás das lentes parece promissora, seja na moda ou no retrato.
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A seção Portfólio é um espaço aberto para a divulgação de novos talentos e de trabalhos inéditos de autores já consagrados.
Por 150 anos, o terno foi o traje do homem de negócios que se preza. Mas, e na era dos ambientes de trabalho criativos e do home office, há futuro para o bom e velho costume?
Este foi o ponto de partida para a matéria que escrevi para a Época Negócios deste mês (março de 2011), a convite do diretor da revista, Nelson Blecher. Confira a seguir!
Símbolo de poder, força, sobriedade, elegância e virilidade, o terno é capaz de inspirar confiança e definir o lugar em que o homem se encaixa na sociedade. Padres, médicos, juízes e outras autoridades têm usado vestimentas escuras e camisas brancas para inspirar lisura e impor respeito há pelo menos 150 anos. Durante muito tempo, pouca coisa mudou na estrutura da roupa de trabalho masculina, composta por paletó, colete e calça, feitos do mesmo tecido. Aliás, é bom lembrar que a palavra “terno” refere-se a este trio; quando não há colete, a palavra correta é costume. Desde a revolução industrial, nos séculos 18 e 19, até os anos 80, no apogeu da cultura yuppie, era impensável que empresários importantes recebessem clientes em mangas de camisa.
Não há dúvida de que a mudança da cultura corporativa que vem acontecendo nas últimas três décadas – que tem como tônica valorizar a inovação e a informalidade em oposição à tradição e ao formalismo – abriu espaço para um novo código de vestuário. A uniformidade dos ternos sóbrios tem perdido espaço para visuais mais lúdicos e criativos. Em certa medida, pode-se dizer que essa possibilidade de personalização por meio do vestuário sinaliza o triunfo do indivíduo sobre a corporação. Isso vai ao encontro das vivências da Geração Y, que… (Quer continuar lendo? Compre a revista na banca mais próxima ou acesse o site da revista ).
CONTEÚDO EXTRA – EXCLUSIVO
Leia, abaixo, a entrevista com Paolo Ferrarini, consultor sênior que trabalha com estéticas emergentes e comportamentos digitais, e conduz projetos de pesquisas em áreas como moda, tecnologia, comunicação e varejo, no Future Concept Lab, em Milão, na Itália.
Como a chegada das novas gerações ao poder irá influenciar o traje corporativo? Haverá espaço para mudanças radicais nos próximos 10 ou 15 anos? A formalidade será abrandada, ou mesmo substituída por outros valores?
Paolo Ferrarini: Não haverão mudanças radicais, mas sim um trabalho cada vez mais intenso nos detalhes de confecção e suas particularidades de estilos. Um bom exemplo, que já podemos ver hoje, está no estilo presente em revistas cult para os globetrotters, como a Monocle. Não estamos diante de códigos uniformes e internacionais, mas altamente pessoais, que tendem a uma roupa única, personalizada!
Pode-se dizer que alguns itens, como a gravata e a camisa social, estão com os dias contados?
PF: Absolutamente não. Estas serão as maiores áreas de experimentação e busca de personalização.
A ascensão das mulheres aos altos cargos corporativos levou-as a copiar o traje masculino, adotando ternos e tailleurs como vestimenta no trabalho. Existirá espaço, no futuro, para uma feminização dos trajes? Ou a feminilidade ainda tende a ser vista como antagônica ao profissionalismo?
PF: A fusão dos gêneros ainda não aconteceu totalmente e não acontecerá no futuro próximo: o cuidado e a atenção que dispensamos ao nosso corpo é semelhante para o homem e a mulher, mas está levando a acentuar as nossas singularidades. O mesmo acontecerá nas roupas de trabalho: as diferenças de gênero serão elementos de distinção e irão sublinhar os respectivos pontos de força. Estamos agora muito distantes da working girl dos anos 80, que procurava imitar o homem para reinvidicar o seu papel social. Mas ainda estamos distantes do metrosexual, de um homem que quer a todo custo mostrar-se doce e sensível.
A lindinha Elle Fanning –jovem atriz de “Somewhere”, filme dirigido por Sophia Coppola, atualmente em cartaz nos cinemas de São Paulo– é também a protagonista do curta-metragem de Todd Cole, The Curve of Forgotten Things, que estreou hoje no site NOWNESS. O curta faz referência à coleção primavera-verão 2011 das irmãs Kate e Laura Mulleavy, da Rodarte –por acaso, as mesmas estilistas que criaram o figurino de “Black Swan”, dirigido por Darren Aronofsky, que também pode ser visto nos cinemas da cidade.
Não é a primeira vez que Todd Cole e a Rodarte se unem num projeto. Em 2010, o trio realizou o filme Aanteni, com a modelo Guinevere Van Seenus.
Se isso for mesmo verdade, talvez tenhamos que reformular nosso conceito de bom senso. Ou de trabalho! Quanto à genialidade, essa é sempre inequívoca 😉
Em 2008, quando rolou aquele barraco com o grupo I’M (Identidade Moda) e as marcas Fause Haten, Zoomp, Cumplice e Alexandre Herchcovitch, eu comentei aqui que muitos fashionistas só ficaram sabendo do que havia acontecido através das colunas sociais, pois não tinham o hábito de ler os cadernos de economia dos jornais e revistas.
De lá pra cá, o mercado de moda amadureceu um pouco. Ou, pelo menos, adquiriu consciência da sua imaturidade ao perceber que o paraíso prometido pelos grupos investidores não era ficava logo ali, à distância de um contrato assinado.
Grande parte das pessoas, por sua vez, continua magicamente seduzida pelo caráter frívolo da moda, feito de hypes momentâneos, desfiles estratosféricos e “it girls”. E embora esses elementos glamourosos façam parte do mundinho fashion, não se pode resumí-lo a isso. Antes de tudo, a moda é uma indústria poderosa que movimenta uma quantidade enorme de dinheiro e requer estratégias cada vez mais elaboradas de sobrevivência.
Toda essa introdução foi só para dizer que neste mês de agosto, a revista Época Negócios traz um texto excelente sobre a grife italiana Ermenegildo Zegna. A matéria, escrita por Nelson Blecher –jornalista experiente, dotado de um estilo primoroso que dá gosto de ler–, mostra como este ícone da moda masculina de luxo conseguiu manter o capital nas mãos da família e se globalizar, ao longo de 100 anos.
Não direi mais nada. Vá até a banca mais próxima, compre a revista Época Negócios e leia a matéria “Centenária, Global e Familiar”. Depois a gente conversa.
Há alguns dias li um post da top jornalista Cathy Horyn, do NY Times, que falava sobre a maneira como as revistas estão reagindo à internet. E mais especificamente, sobre a versão impressa do site “i like my style” — uma rede social que permite a qualquer pessoa cadastrada postar fotos sobre seu estilo, compartilhar informações e trocar mensagens sobre moda. Fiquei curiosa para folhear um exemplar e hoje, por acaso, um deles veio parar em minhas mãos.
Achei bem interessante a maneira como o material, totalmente comunitário, foi editado: por semelhanças visuais, estilo, localização geográfica, categoria, relacionamento… Curiosamente, entre os participantes encontrei alguns brasileiros, como a drag Bianca Exótica e o fotógrafo Marcelo Krasilcic.
No slideshare abaixo dá para ter uma boa ideia de como é a publicação.