Deu no New York Times: a GAP, marca norte-americana de básicos acessíveis, está lançando uma edição limitada de camisas brancas, criadas por jovens designers. Os escolhidos são Doo-Ri Chung, Thakoon Panichgul, e Laura e Kate Mulleavy da Rodarte, ganhadores do concurso idealizado pelo Council of Fashion Designers of America e pela revista Vogue America. A iniciativa, além de promover os novos estilistas, é vantajosa para a GAP que vai oferecer para suas consumidoras, camisas com design diferenciado por 68 dólares em média.
Em tempo: pelo que vimos nas passarelas, as camisas brancas vão ser hit na temporada. Repare nos detalhes: proporções amplas, mangas bufantes, laços e vestido-camisa curto.
A foto da campanha, que você vê acima, foi feita por Inez Van Lamsweerde e Vinoodh Matadin
Numa das palestras feitas por Marie Rucki, me chamou atenção que a maioria das imagens usadas na apresentação eram de revistas inglesas, como a última i-D. É claro que isto não é mero acaso. Madame Rucki disse, em várias ocasiões, que apesar dos franceses se acharem os “donos” da moda, os ingleses é que são, em geral, mais arrojados e inovadores.
E a cena noturna de Londres está fervendo, com clubes lotados de pessoas tão estilosas que estão atraindo a atenção de estilistas e trendhunters. Prova disso é o vídeo feito por Tim Blanks, do Style.com, sobre o clube Boombox. Para assistir, clique aqui.
Para ver mais imagens do que acontece na noite londrina, a dica é o site DirtyDirtyDancing, em que Alistair Allan exibe fotos das festas hype. A fauna e a flora, em toda sua riqueza e esplendor, estão lá! VIVA A DIFERENÇA!
Sei que está meio encima da hora, mas mesmo assim vou divulgar porque vale a pena. Acontece hoje, das 19:30 às 22 horas, o primeiro encontro da série Tendências Contemporâneas, promovido pela assessoria de imprensa namídia. A idéia de Mercedes Tristão, Márcia Fonseca e Nestor Piquero é compartilhar conhecimento e relacionamentos. “Moda, música, arte, design são alguns dos temas que desejamos discutir. Uma vez por mês, a namidia servirá de palco para esses encontros.”
Participam desta edição: Ricardo Oliveros, Claudia Bertkhout, Fernanda Resende e Cris Zanetti da Oficina de Estilo, os blogueiros Glauco Sabino do Descolex, Laura Artigas do Moda pra Ler, Luigi Torre do About Fashion, e eu, Biti Averbach!
Se você se interessou pelo encontro, mas não foi convidado(a), entre em contato com a assessoria pelo tel. (11) 3034-5501. Com certeza será recebido de braços abertos!
Como meus posts sobre a visita de Marie Rucki ao Brasil têm recebido várias visitas e comentários, gostaria de sugerir aos leitores uma passada pelo blog About Fashion, do querido e talentoso Luigi Torre. Ele também esteve presente nas palestras e postou um conteúdo bem bacana. Para chegar lá, clique aqui.
Daniel Craig, o agente 007 mais sexy desde Sean Connery, acaba de ser eleito pela revista inglesa GQ , o homem mais bem vestido de 2006. Clive Owen, Pete Doherty (que gosta de usar os jeans skinny da namorada Kate) e o príncipe Harry também estão lá! Veja a lista dos 10 mais elegantes:
1- Daniel Craig 2- David Cameron 3- Clive Owen 4- David Walliams 5- Jude Law 6- David Beckham 7- Pete Doherty 8- Russell Brand 9- Tom Ford 10- Príncipe Harry
Curiosa a reportagem publicada hoje na coluna da Mônica Bergamo, sobre Madame Marie Rucki na 25 de Março. Mostra bem algumas facetas do universo fashion made in Brazil. E me lembrou que tenho ainda algum material para postar, extraído das conferências com ela.
Falando sobre o preço elevado das roupas: “Me disseram que no Brasil as roupas são muito caras. Bom, é preciso dizer que a moda precisa do sonho. Aquela roupa maravilhosa, cujo preço é 3 vêzes o valor do seu salário, custa caro por muitos motivos, pela qualidade, pelo tecido, pelo acabamento. Então você precisa economizar para tê-la.”
“O gosto é uma característica que pode ser desenvolvida, como a inteligência.”
“Não há explicação para a genialidade dos criadores e é isso que é realmente fascinante.”
“As pessoas, quanto mais criativas, mais precisam trabalhar para saciar sua mente.”
“É preciso estudar os ciclos de criação. Nos séculos 18 e 19 há uma evolução dos volumes, dos vestidos retos até aqueles com crinolinas, mas não há uma verdadeira criação. No início do século 20 aparecem Poiret, Chanel e Balenciaga…”
“Com Poiret surgiu o conceito de estilista como conhecemos hoje. Ele era um criador intuitivo, descartou os corseletes da Belle Epoque e inventou a silhueta solta, inspirada no período do Diretório, usando tecidos orientais Chanel, por sua vez, tinha uma expressão oposta a Poiret. Ela democratizou a moda optando pela simplicidade, pelo pretinho básico. Também disseminou o uso do tailleur, concebido como uma versão feminina do terno dos homens. Era um traje pensado para corresponder às novas atividades da mulher, depois da Segunda Guerra Mundial, e levava em conta o espírito da época, como a crescente velocidade e os deslocamentos aéreos. Mas ela não inventou uma roupa.”
“Já Balenciaga foi um inventor. Ele criou, do ponto de vista técnico, o vestido chemisier. Sua roupa tem relação com a arquitetura da época (anos 50), por sua característica abstrata.” Veja foto abaixo.
“Nos anos 50, o jeans é introduzido na moda, graças a filmes com Marlon Brando e James Dean. Perceba que o fenômeno da celebridade influenciando a moda, já estava acontecendo aqui. Nos anos 60 surge a minissaia, uma grande revolução em termos estéticos, em sintonia com o que acontecia na sociedade, como a liberação sexual, a pílula, etc. Nos anos 70, a conseqüência natural é o movimento hippie. Nos anos 80, os japoneses, como Rei Kawakubo e Yohji Yamamoto, vêm mostrar que roupas despedaçadas podem ter elegância. O trabalho de Kawakubo acompanha o trabalho da coreógrafa Pina Bausch, que vê o mundo de forma explosiva e caótica.” Abaixo, foto do desfile de Kawakubo, outono de 1999.
“Viktor & Rolf usam a moda para se expressar, mas não seguem as regras da criação da moda. São como artistas de circo. Inovar seguindo as regras das vestimentas é muito mais difícil e mais importante. O trabalho deles se insere no terreno da performance artística.”
“A moda é uma deusa muda que se afasta quando nos aproximamos dela.”
Todas as citações são de Marie Rucki, extraídas das conferências feitas no Brasil.
Confira também a entrevista feita com Marie Rucki pela SPFW TV.
A designer de acessórios Denise Brandt, conhecida pelos divertidos colares de resina com rostos de boneca, acaba de lançar uma série de bonecas de papel. Cada uma delas vem acompanhada de roupinhas ultrafashion, inspiradas nas coleções deste inverno. O mais legal é você pode encomendar uma personalizada, com a sua cara. Eu quero a minha com franjão e guarda-roupa da Huis Clos, tá!
Hoje aconteceu a primeira de uma série de conferências de Marie Rucki, diretora do Studio Berçotde Paris, trazida a São Paulo por iniciativa da Escola São Paulo, dirigida por Isabela Prata.
Madame Rucki começou com uma afirmação simples e verdadeira: “para saber para onde vai a moda, é preciso saber de onde ela vem”. Mais do que uma frase de efeito, suas palavras indicam que, para começar a entender deste metiér, é preciso ter uma boa base, muita informação e cultura de moda. Reforço esta idéia, aparentemente banal, porque quando eu era uma iniciante, do alto dos meus 20 anos, achava que sabia tudo. E hoje vejo muitos jovens bem intencionados cairem nesta mesma armadilha.
Reproduzo aqui, EM MAIÚSCULAS, outras afirmações de Madame Rucki, à partir das anotações que fiz durante o evento.
“HOJE A MODA É ESTÁTICA. AS INVENÇÕES, SE É QUE ELAS EXISTEM, SÃO INVISÍVEIS, MINÚSCULAS. ELAS MODIFICAM A SILHUETA DE MODO SUTIL.”
“A INVENÇÃO DA MINISSAIA, NOS ANOS 60, FOI A ÚLTIMA GRANDE REVOLUÇÃO DA MODA. ELA FOI IMPORTANTE PORQUE REFLETIU UMA MUDANÇA COMPORTAMENTAL PROFUNDA.”
“A RAPIDEZ DA INFORMAÇÃO, DISSEMINADA PELA INTERNET, GERA CONFUSÃO. É PRECISO ENTENDER E DECODIFICAR AS IMAGENS QUE SE VÊ.”
“A DIFERENÇA ENTRE A ROUPA DE UMA MARCA DE LUXO E SUA CÓPIA POPULAR NÃO ESTÁ NO TERRENO DAS IDÉIAS E SIM NO MATERIAL USADO. E ISSO NÃO SE PERCEBE PELA INTERNET. A INFORMAÇÃO É ACHATADA E O CONHECIMENTO TORNA-SE SUPERFICIAL.”
É lindo o filme do fotógrafo inglês Nick Knight, feito durante uma sessão de fotos para a revista Visionaire. A modelo Lily Donaldson brinca com balões prateados, envolta em fumaça de gelo seco, vestindo figurino da Maison Martin Margiela. Como trilha sonora, uma delicada versão de “Yesterday”, tocada no xilofone. Para assistir é só clicar aqui!