Striptease

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O que você faria para ganhar uma roupa nova? Uma porção de gente topou ficar só de underwear para participar da promoção da loja inglesa Joy. Para comemorar o lançamento de uma filial, a empresa prometeu roupas novas (de graça!) para os 25 primeiros clientes que aparecessem semi-nus. Pela quantidade de gente que fez fila na porta da loja, acho que as peças devem ser bem legais.  Leia mais aqui.

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Vale a pena conhecer o blog Diane, a Shaded View on Fashion, editado por Diane Pernet, que também é criadora do site IQONS. Lá, você encontra notícias fresquinhas sobre estilistas, designers, exposições e eventos internacionais.

Entre os posts publicados recentemente, adorei o que fala do designer têxtil israelense Tzuri Gueta, mestre em criar tecidos para alta-costura e acessórios, feitos de silicone. Sua série de bijouxs com formas orgânicas, inspiradas em seres marinhos, é deslumbrante.  

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Malhação

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Saiu no Glamurama: a bela Carol Trentini  passou o final de semana numa academia de ginástica. Mas não era para entrar em forma (sempre impecável, aliás) e sim, para posar para um editorial da próxima ffwMag, com edição de Paulo Martinez e fotos de Rogério Cavalcanti. Eu queria muuuuito mostrar como a matéria ficou linda, mas não posso estragar a surpresa, né!

Acima, a  top na nova campanha de Oscar de la Renta

A flor do abacate

Recebi hoje, pelo correio, o catálogo precioso da marca Mary Design,  que faz as bijuterias mais encantadoras do mundo. A coleção, intitulada “A Flor do Abacate”, presta homenagem a Guignard, pintor importantíssimo na década de 20 e 30, ao lado de nomes como Cândido Portinari e Ismael Nery.

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“Festa de São João” de Guignard

O artista fluminense foi para Minas Gerais na década de 40, a convite de Juscelino Kubitschek, para dar aulas no recém-criado Instituto de Belas Artes, em Belo Horizonte. Apaixonou-se pela paisagem mineira, pelo mar de montanhas, pelo céu repleto de nuvens e balões. E foi ficando por lá.

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Dizem que costumava começar suas aulas assim: “Minhas senhoras e meus senhores: hoje vou apresentá-los ao amarelo.”

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Quando Guignard voltou da Europa em 1929, passou a dar um curso particular de pintura. As aulas aconteciam numa casa que havia abrigado o cabaré A Flor do Abacate. Foi daí, dizem, que Manuel Bandeira tirou a idéia de batizar o curso de “A Nova Flor do Abacate”. 

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A flor do abacate, aliás, se distingue por ter os ambos os órgãos, feminino e masculino, e por florescer por apenas 2 dias.

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“Guignard traduziu em traço e cor o seu mundo interior, particular e único. Um belo mundo tanto na dramaticidade de seus santos flagelados quanto na exuberância de suas flores e na delicadeza de suas cidades imaginárias.” Priscila Freire, diretora Map

Fotos do catálogo: Gustavo Marx/Produção de moda: Mariana Sucupira/Beauty: Léo Caffé

Mary Design: mary@marydesign.com.br

Museu Casa Guignard: rua Conde de Bobadela, 110, Ouro Preto, MG

O fio mágico

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Quando era criança, aprendi a fazer bordados em ponto-cruz usando um tecido chamado vagonite, que tornava a tarefa facílima. Depois me desinteressei pela prática, mas nunca deixei de apreciar este tipo de trabalho manual. A delicadeza dos enxovais da minha mãe, por exemplo, com lençóis e toalhas de linho bordados à mão, sempre me fascinaram. É bem verdade que eu cheguei a usar algumas toalhas de chá como pareô, mas isso é outra história!

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Tempos depois, descobri que o bordado também podia ser usado na arte, em obras como as do Leonilson (acima, a obra The Bread) ou do Arthur Bispo do Rosário (foto abaixo). E percebi que o seu significado podia mudar totalmente, a angústia podia tomar o lugar da doçura, as questões existenciais podiam prevalecer às decorativas. O bordado podia servir não só para adornar a toalha de mesa, mas também criar o manto de “encontrar com Deus”, como queria Bispo do Rosário. 

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O ato de bordar, ligado ao de tecer, parece ser uma atividade ancestral. Fico me perguntando se seria tipicamente humana e quais as questões simbólicas envolvidas ali. Mas não quero me estender demais na filosofia.  

Veja, aqui, alguns outros artistas que se utilizam da técnica.

Tilleke Schwarz, artista holandesa

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Wagner Pinto, artista gaúcho radicado em SP.

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Jenny Hart, norte-americana do Texas que cria painéis com retratos de celebridades ou anônimos.  jenny-hart-marianne-lrge.jpg

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Além disso, Jenny Hart é responsável pelo Sublime Stitching, site que revitalizou o mundo dos bordados, oferecendo desenhos fofitos, descolados e acessíveis. Uma cartela com motivos criados pelo ilustrador Kurt Halsey, exclusivamente para a Sublime Stiching, como a que você vê abaixo, custa só 3 dólares. O site tem também bordados temáticos com unicórnios, pin-ups, diabos, etc. Vale a pena conhecer.

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post inspirado pelo Radar 55

vitrine viva

Quer saber quem criou algumas das imagens mais marcantes que irão povoar as revistas gringas nos próximos meses? É só visitar o site da Vogue francesa, e conferir a ficha técnica das campanhas da Louis Vuitton, Céline, Miu Miu, etc. Veja, aqui, uma “palhinha”.

 

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Lara Stone para Givenchy por Inez van Lamsweerde & Vinood Matadin

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Gisele Bündchen para Aquascutum por Mario Sorrenti 

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Lara Stone (de novo!) e Jamie Burke para Calvin Klein Jeans por David Sims

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A campanha da Burberry por Mario Testino, com uma penca de modelos

A bolsa da vez

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Em 1999, fui “cobrir” um evento de moda em Toronto, no Canadá. Numa horinha de folga, sai para fazer compras e ao passar pelo caixa de uma loja, me ofereceram uma sacola de pano, por uns módicos 5 dólares. Foi a primeira vez que tomei contato com uma atitude ecológica num estabelecimento comercial.

Oito anos se passaram e, aqui no Brasil, nunca vi ninguém usando uma sacola de lona num mercado ou loja. Mesmo com o crescimento da consciência ecológica, parece que as pessoas ainda têm dificuldade de assimilar pequenas mudanças no seu dia-a-dia, capazes de beneficiar o meio-ambiente.

Recentemente, em Londres, a designer de acessórios Anya Hindmarch, conhecida por suas bolsas de 1.500 dólares, lançou uma edição limitada de sacolas de algodão, com a frase “I’m not a plastic bag” estampada, por 15 dólares. Foi um enorme sucesso.

Em Hong Kong e Taiwan, onde também aconteceram lançamentos, chegou a haver tumulto. Algumas pessoas se feriram e um shopping center teve que ser fechado.

Hoje é a vez de Nova York receber as cobiçadas sacolas de pano. Parece que o apelo da peça vem da sua tiragem limitada. Ela é vendida apenas em um dia, com limite de 3 unidades por pessoa, até acabarem os estoques. Veja o que a designer diz a respeito:

“To create awareness you have to create scarcity by producing a limited edition,” she said. “I hate the idea of making the environment trendy, but you need to make it cool and then it becomes a habit.” Anya Hindmarch

Leia mais sobre o assunto no NY Times.

Foto acima: Lars Klove/NY Times

TV Sem Frescura informa…

Na semana passada, São Paulo abrigou várias feiras de moda e acessórios. Eu estive em uma delas, a Mostra Acessórios, e garimpei dois lançamentos interessantes que apesar de serem completamente diferentes, se inspiraram em elementos africanos. 

Estilista estreante, Marcela Feola criou vestidos e túnicas com os tecidos estampados, coloridíssimos, que trouxe de uma viagem à Nigéria. A marca, recém-lançada, se chama African Echoes. Dá só uma olhadinha! Se quiser adquirir uma peça, é só entrar em contato com a Marcela pelo email marcela_feola@hotmail.com

Já Andréia Ribeiro, a experiente estilista da marca Diva, mostrou delicadeza na coleção inspirada no filme “A Cor Púrpura”. Rendas levíssimas, botões antigos e estampas miúdas encantam o olhar.

As revistas, o tempo e a ousadia

Fazem sete anos: foi no mês de junho de 2000 que as bancas de revistas (do Brasil e do mundo) receberam a NOVA. Não, não se trata da revista brasileira, aquela que, nos moldes da Cosmopolitan, ensina mais maneiras de entreter um homem na cama do que o próprio Kama Sutra. Falo de uma revista inglesa, dirigida por Deborah Bee, com direção de moda a cargo de Venetia Scott (stylist renomada, na época casada com o fotógrafo Juergen Teller).

Na capa do número 1, que você vê abaixo, nossa bela Ana Claudia Michels.

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E o que mais tinha nesta edição? Uma matéria de moda ambientada em Palm Beach, com a modelo Stephanie Seymour fotografada por Juergen Teller. Na produção: shorts de cintura alta, macaquinhos, óculos tipo rayban, blusas-lenço, etc.

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Uma matéria de alta-costura feita com ilustrações de James Jarvis. O look abaixo é Givenchy Haute Couture, por exemplo.

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E uma matéria do fotógrafo trash-sexual Terry Richardson, com a atriz Chloé Sevigny posando como modelo.

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Na seção de beleza, tops como a bela Jeísa Chiminazzo, exibem cílios com muuuito rímel, bocas em tons de coral e, nos olhos, sombras em cores fluo. Fotos de Miles Aldridge.

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Agora me digam: eu estou maluca ou tudo isso continua tão atual que poderia ter sido publicado este mês?

E a pergunta que não quer calar é: a revista NOVA inglesa estava muito à frente do seu tempo? Ou as publicações de agora é que ficaram muito caretas e perderam a ousadia?