Hoje fui finalmente conhecer a nova Livraria da Vila, lá na alameda Lorena, onde ficava a loja do estilista Fause Haten. O projeto é do arquiteto Isay Weinfeld. Por todo lado, muitas estantes de livros –inclusive no vão entre o térreo e o primeiro andar– desarrumadas de forma exemplar, criam um clima casual e despojado. Fiquei umas 2 horas por lá, espiando as novidades, e me lembrei da origem do meu amor por livros e livrarias.
Quando eu tinha uns 9 anos e moravámos no centro da cidade, perto da praça Roosevelt, eu e meu pai íamos toda noite, depois do jantar, até uma livraria lá perto. Não me lembro mais da localização exata nem do nome do lugar, mas sei que foi lá que me apaixonei pelos livros da Edy Lima, como “A Vaca Voadora”. Nos finais de semana, no Guarujá, havia a seção de livros infantis da loja Felicity, com volumes ilustrados de Monteiro Lobato. Mais tarde, aos 17 anos, trabalhei durante as férias na Livraria Klaxon, que ficava ao lado do supermercado Eldorado, na rua Pamplona.
Mas o mais importante é que a Livraria de Vila, hoje, fez com que eu me sentisse mais civilizada. Como se São Paulo fosse um pouquinho mais culta, mais cosmopolita, mais letrada. Outro efeito colateral é que agora já não sinto inveja dos cariocas, por causa da Livraria da Travessa!
A foto acima é de Paulo Freitas/Glamurama