contando histórias e derrubando mitos

“O desfile, hoje, não serve para nada. As grandes revistas vendem seus espaços comerciais antecipadamente e as grifes que não podem, ou não querem pagar, são totalmente ignoradas”.

“A moda é a única indústria que dá, gratuitamente, sua invenção para a concorrência, antes que ela seja produzida e vendida. Na minha opinião, a apresentação das coleções deveria ser acoplada à venda. Se você dá sua inovação de graça, a Zara vai produzir e entregar antes de você”. Didier Grumbach, sobre os desfiles de lançamento sazonais.

As frases acima, que criticam o modelo de calendário adotado pela moda na maior parte dos países, foram ditas por Didier Grumbach em 15 de junho, ironicamente, data em que esteve em São Paulo a convite da  São Paulo Fashion Week, para o lançamento de seu livro “Histórias da Moda”.

A publicação traça um panorama histórico do surgimento da alta-costura, no final do século XIX, até os dias atuais. E apesar do assunto ser bastante específico, graças à linguagem acessível e aos detalhes curiosos, a narrativa é capaz de entreter os leitores curiosos sobre o surgimento da moda, mesmo que não tenham formação ou aspiração acadêmica.

Mas o intuito deste post é indicar a leitura da excelente entrevista feita com o escritor, por Tarcisio D’Almeida para o caderno MAIS! da Folha de São Paulo, publicada em 21/06/09. Leia, abaixo, é imperdível!

Para usar e abusar

Autor de “Histórias da Moda”, Didier Grumbach diz que grandes costureiros, como Saint Laurent, foram mais inovadores nas coleções de prêt-à-porter do que na alta-costura

TARCISIO D’ALMEIDA
ESPECIAL PARA A FOLHA

Quando o prêt-à-porter emergia na cultura e na civilização francesas, no início da década de 1960, Didier Grumbach era adolescente: tinha 17 anos. Formou-se em direito, mas, por um erro de percurso, acabou seduzido pela indústria da moda.

Testemunha de uma época em que a hegemonia da tradição elitista da alta-costura começou a ser confrontada com o olhar criativo e visionário dos estilistas do prêt-à-porter, Grumbach acaba de ter seu livro “Histórias da Moda” publicado no Brasil. Em entrevista à Folha, afirmou que “sem megalomania e criatividade a moda não pode existir”.
Em seu livro, a reflexão sobre vestimentas e moda remonta a períodos anteriores à noção moderna de moda, na qual esta se fundamenta a partir do século 19, sobretudo, com a invenção da alta-costura.

Para ele, a moda pode, por isso, colaborar para refletir sobre estruturas do cotidiano, das aparências, dos estilos, dos costumes, das etiquetas, dos gostos e consumo das sociedades. Esses temas, diz, podem contribuir para entender a atual configuração dos mercados de moda no mundo globalizado.
Na entrevista abaixo, ele também advoga em favor do livre espírito criativo da moda.

FOLHA – Como podemos pensar a relação entre roupa, moda, arte e sociedade?
DIDIER GRUMBACH
– A comparação constante entre moda e arte, tendo a alta-costura como parâmetro, é muito mais frágil e contestável do que com o prêt-à-porter nos dias atuais. Este último foi organizado como um sistema de franchising, permitindo ao criador se exprimir de maneira muito mais original. Quando a alta-costura era pujante e o prêt-à-porter não existia, cada costureiro tinha sua própria clientela, à qual ele tinha que se adaptar. Yves Saint Laurent era muito mais livre com suas criações, no ano de 1966, exprimindo-se a partir de suas coleções YSL Rive Gauche. Ele teve a possibilidade de inovar muito mais com o prêt-à-porter do que com sua alta-costura, que era destinada a um público burguês. O prêt-à-porter deu liberdade para os criadores da moda, pois o passado não era estimulante.

FOLHA – Quando o sr. fala de passado, quer dizer que não havia diretores de criação?
GRUMBACH
– Sim. Se observarmos os grandes costureiros e tomarmos como exemplo a Maison Jean Patou no seu período áureo, as coleções começavam a ser apresentadas de manhã e seguiam até a noite sem necessariamente terem um diretor artístico. Era normal ela comprar croquis externos, em particular de Christian Dior, e as clientes achavam normal comprar esses modelos de uma “maison” que não tinha diretor artístico. Aliás, esse questionamento era inexistente, pois era uma época em que a empresa era industrial, e não mais uma “maison” de criação. Para se ter uma ideia, em 1925 a Jean Patou tinha cem vendedoras e 30 provadores de roupas. Também podemos citar Madame Carven, que, em 1948, vendeu 9.000 peças de alta-costura -o que pode ser considerado uma produção industrial. Ou seja, a alta-costura sempre foi uma indústria, mas não uma indústria criativa. A idade de ouro da alta-costura é algo que nos apaixona, mas é como um sonho.

FOLHA – Inspirados no sociólogo alemão Norbert Elias (em “Os Estabelecidos e os Outsiders”, ed. Jorge Zahar), podemos imaginar um confronto entre a tradição dos costureiros da alta-costura e a atitude visionária dos estilistas do prêt-à-porter?
GRUMBACH
– Hoje a ideia de que alta-costura serve de laboratório para o prêt-à-porter não se sustenta de modo nenhum. “Maisons” como Thierry Mugler, Montana e Jean-Paul Gaultier eram líderes do prêt-à-porter e foi na alta-costura que encontraram problemas com os quais nunca souberam lidar.

FOLHA – O sr. afirmou não existir uma moda de um único país, isto é, “moda da França”, “moda do Brasil” etc. Mas, se pensarmos em termos de consumo, a China seria uma aposta para a moda do futuro, até mesmo em termos de criação?
GRUMBACH
– Não, não acredito que a moda chinesa seja a moda do futuro. A dificuldade é que a China não exporta nada, e o Ocidente importa tudo. Seria muito difícil para o mercado chinês concorrer, por exemplo, com a [rede espanhola de “fast fashion”] Zara, por exemplo. E tudo o que se refere à fabricação chinesa é muito complicado, pois é difícil ser, ao mesmo tempo, produtor e fornecedor de produtos baseados em mão de obra barata. Essa mudança de paradigma levaria anos. É o contrário do Japão, por exemplo, que abriu seus mercados ao mundo ocidental nos anos 1950, e a indústria do país pouco a pouco foi se constituindo e crescendo.

FOLHA – No caso do Brasil, quais são as dificuldades e forças em relação a esse mercado?
GRUMBACH
– O Brasil oferece o mesmo nível de dificuldade mecânica no que diz respeito às estações do ano, que não são coincidentes com as de outras regiões do globo. Isso resulta em uma logística complicada. É possível resolver progressivamente esse problema com um certo alinhamento entre as “maisons” por meio de coleções diferenciadas, que guardem uma certa referência a países longínquos -mas sem necessariamente manter uma visão folclórica ou extremamente regionalista de moda. O que é interessante nesse alinhamento é a possibilidade de uma “maison” francesa, por exemplo, poder adquirir produtos ou ter fornecedores e criadores brasileiros que possam desfilar nas semanas de moda de Paris, como foi o caso de Alexandre Herchcovitch. Acredito que em alguns anos, por conta da globalização, isso possa ser realizado, e de forma muito rápida. O que deverá acontecer numa próxima etapa é que criadores da nova geração de todo o mundo -que já entenderam a nova configuração do mercado internacional- poderão contribuir com coleções para Dior, Saint Laurent, Givenchy (e suas criações ficarão relacionadas a essas marcas). Algo que era impensável há alguns anos, mas totalmente possível na atual configuração mundial.

FOLHA – E quais são os desafios para os novos criadores? A moda se pautará pela tecnologia?
GRUMBACH
– A nova geração irá se inserir no mercado de uma maneira rara, pois a moda hoje é um fenômeno tecnológico -não é mais artesanato. Por exemplo, ela pode ser pensada em Paris, desenhada pela internet em outra cidade e produzida em qualquer parte do mundo, como em São Paulo. Isso é algo sensacional! Essa moda irá pautar uma indústria de ponta, pois é um novo modelo de gestão que todos tentam imitar. Trabalhar com criadores hoje é fundamental porque apenas usar o marketing como ferramenta não funciona mais. Um produto que é destinado somente ao mercado brasileiro não poderá ser exportado. Da mesma maneira que um produto direcionado apenas ao mercado francês não será exportado porque a moda é uma indústria de ponta e revolucionária -algo que ela não era há dez anos.

FOLHA – Há possibilidade de algum criador brasileiro desenvolver uma coleção para uma grife internacional, dentro da ideia de globalização, como acontece com o português Felipe Oliveira Baptista?
GRUMBACH
– Eu não estou familiarizado com o parque industrial têxtil brasileiro, mas acredito que é possível fazer várias alianças nesse contexto. Porque o Brasil tem o “savoir-faire” específico em alguns produtos, como moda praia, além do couro e do design de sapatos. Boas alianças podem ser estabelecidas porque existem criadores aptos a aconselhar tanto uma empresa chinesa quanto uma italiana, como a Max Mara -esse é o caso de Felipe Oliveira Baptista. Vivemos a globalização, em que não existem mais nacionalidades, e um brasileiro pode assumir o processo criativo de uma grife internacional, como é o caso de Francisco Costa na Calvin Klein. No mais, ninguém diria que Karl Lagerfeld é alemão e que Alaïa é tunisiano.

TARCISIO D’ALMEIDA é professor de moda na Universidade Anhembi Morumbi (SP). Colaboração e tradução de Marilane Borges .


HISTÓRIAS DA MODA

Autor: Didier Grumbach
Editora: Cosac Naify (tel. 0/xx/11/ 3218-1444)
Quanto: R$ 99 (456 págs.)

Preview Osklen

Em alguns instantes, vai começar o desfile da Osklen, que abre a temporada do SPFW. Veja aqui, em primeira mão, alguma imagens feitas no backstage da marca, que escolheu como tema,  o carnaval.

osklen-025ed

osklen-021ed

As camisetas de coloridas de tule vão aparecer sobrepostas

osklen-022ed

Casquetes com franjas de canutilhos enfeitam as meninas, como Cinthia Dicker e Aline Weber

osklen-018ed

Aqui, detalhe do vestido feito com macro paetês, arranjo de cabeça e tênis encapado com papel

osklen-012ed

Confetes e paetês se misturam no samba refinado e urbano da Osklen

alien dominatrix

Finalmente está no ar o novo ensaio do Moda Sem Frescura: Alien Dominatrix. Clique na imagem para acessar, aperte a tecla play e assista ao slide show.

alien_teaser-texto

Fotos: Daniel Malva

Styling: Biti Averbach

Direção de arte: Jorge Morabito

Produção de moda: Henrique Tank

Beauty: Alê Tierni (Glloss)

Modelo: Janini Getz (Way Models)

Tratamento de imagem: Adriano Damas (Damas Design)

curtido ao sol

No sábado fui conferir o SP Arte, evento que reuniu cerca de 80 galerias de arte moderna e contemporânea no Pavilhão da Bienal, no Ibirapuera. E fiquei fascinada com a exposição “Vaqueiros” do fotógrafo Andreas Heiniger.  No período de 2001 a 2007, Andreas fez cinco viagens ao interior de Pernambuco para retratar estas figuras míticas que se parecem com guerreiros medievais.  O resultado será publicado em livro ainda este ano, pela BEI Editora.

Por enquanto, deleite-se com estas imagens e com o texto de Euclides da Cunha, logo abaixo!

vaqueiro-0011

vaqueiro-002

O gibão, o peitoril, as perneiras e as luvas servem para proteger o cavaleiro dos espinhos das plantas do sertão.  Fotos: Andreas Heiniger

“O seu aspecto recorda, vagamente, à primeira vista, o de um guerreiro antigo exausto de refrega. As vestes são uma armadura. Envolto no gibão de couro curtido, de bode ou de vaqueta; apertado no colete também de couro; calçando as perneiras, de couro curtido ainda, muito justas, cosidas às pernas e subindo até as virilhas, articuladas em joelheiras de sola; e resguardados os pés e as mãos pelas luvas e guarda-pés de pele de veado –é como a forma grosseira de um campeador medieval desgarrado do nosso tempo.” Euclides da Cunha, Os Sertões

absolutely fabulous

foto-desfile-ro-ed

Foto: Rogério Cavalcanti

Hoje à noite,  dia 06 de maio, vai rolar a festa “In a Absolut Word”, patrocinada pela famosa fabricante de vodka. O local não poderia ser mais interessante, a Pinacoteca do Estado. Diz que Alex Atala vai relembrar os tempos de DJ no RoseBomBom, pilotando as pick-ups enquanto os convidados degustam um prato de sua autoria. Vou torcer para ele tocar tão bem quanto cozinha!

Acessando o site da Absolut, me deparei com a apresentação do projeto “In a Absolut Word”, que prega que qualquer um pode ser um visionário,  com poder de criar ações positivas que melhorem o mundo. Então decidi dar minha pequena contribuição.

No Meu Mundo Absoluto, a moda seria uma fonte de diversão e autoexpressão ilimitada. Qualquer um poderia criar as roupas mais mirabolantes e maravilhosas com o simples poder da mente. Não existiriam padrões de beleza, nem o culto às modelos e às celebridades, pois cada um seria admirado por suas particularidades. As roupas seriam ilusórias e impermanentes de fato e ninguém iria se importar com isso.  As fantasias mais loucas seriam construídas e realizadas em segundos. Você poderia se transformar em gueixa, fada ou dominatrix num piscar de olhos…

E você, como seria seu Mundo Absoluto?

gueixa001

Acima, Alessandra Beriel por Cristiano Madureira / styling Biti Averbach

surf-glam-8

Andressa Fontana por Rogério Cavalcanti / styling Biti Averbach

fada1

Thana Kunen por Rogério Cavalcanti / styling Biti Averbach

alien-1019

Janini por Daniel Malva / styling Biti Averbach

o perfume da violência

Só podia ser um projeto do SHOWstudio – mais do que um site, o SHOWstudio é uma arrojadíssima plataforma de mídia interativa, do fotógrafo inglês Nick Knight – criar uma fragrância baseada na química da violência e documentar todo esse processo na internet.

Para realizar a tarefa, Knight se uniu à perfumista norueguesa Sissel Tolaas cujo trabalho envolve pesquisas bem pouco convencionais. “Dois anos atrás, quando a conheci (…) ela já tinha trabalhado na criação de um aroma baseado no medo dos homens que inesperadamente provou ser afrodisíaco para algumas mulheres”, conta.

Como a ideia, agora, é isolar o odor da violência, a perfumista precisa coletar o suor de homens em situações de combate, quando o corpo excreta uma série de substâncias químicas. A última atualização do blog do SHOWstudio, feita no dia 03 de abril, mostra um vídeo com trechos de lutas de boxe do Ultimate Challenge UK . Posteriormente, no vestiário, vê-se uma pessoa da equipe secando o suor dos pugilistas com toalhas que são embaladas para serem enviadas para Sissel Tolaas.

skinheads1 - A testosterona e os skinheads, foto de Nick Knight
A testosterona e os skinheads, foto de Nick Knight

Vale a pena ler o texto de Nick Knight sobre o conceito do projeto. Lá, ele conta como tudo começou (e a história remete ao seu início de carreira, quando fotografava skinheads),  que todo o processo será divulgado no site com transparência, uma vez que eventuais falhas fazem parte do processo, e se diz ciente das questões morais que o tema desperta, optando por não se desviar dele e sim, encará-lo de frente. É isso aí Nick, respira fundo e vai! Estamos curiosíssimos para sentir o verdadeiro odor da violência.

O jornal The Independant publicou uma matéria bem interessante, intitulada “Skinhead violence to fish markets – radical perfumiers are founding inspiration in the oddest places”, em que Bethan Cole fala sobre o projeto de “Violence” e de outros perfumes radicalmente inovadores.

odeur-53ed
Em oposição aos aromas florais, Rei Kawakubo criou um odor abstrato

Vale lembrar que o precursor deles, lançado em 1998, foi Odeur 53 da Comme des Garçons, um aroma totalmente sintético criado à partir de conceitos abstratos como o frescor do oxigênio, pedras em brasa e dunas de areia, entre outras esquisitices.

Dez anos se passaram até algo realmente novo surgisse no reino da perfumaria. Em outubro de 2008, apareceu “Wode”, o perfume da marca Boudicca que inclui em sua composição notas de ópio e cicuta (planta cujo veneno é letal) . Além desses ingredientes que remetem à transgressão, ao ilícito e ao perigo,”Wode” ainda tem o mérito de ser o primeiro aroma colorido do mercado. Ele contém um pigmento azul cobalto que tinge a pele quando borrifado, mas desaparece alguns segundos depois, sem deixar traço.

“A tinta dissolve através de combinações químicas – é a mágica da ciência”, dizem os designers da Boudicca, Brian Lirby e Zoe Broach, em entrevista para o Independent. As marcas de tinta carregariam também associações simbólicas com valores como “bravura, coragem, status, fertilidade e heroísmo”, completam.

wode-perfume-ed1
Wode, da Boudicca, aroma e cor radicais. Foto: Justin Smith/ Image Source

O fato é que iniciativas inovadoras, como as de Nick Knight, Comme des Garçon e Boudicca e  são raras e o texto de Cole é claro quanto ao motivo: “ as marcas de moda que dominam a perfumaria geralmente são os monolitos corporativos”.

Como excessão à regra ele cita o projeto Six Scents da Seven New York (loja multimarcas que vende marcas como Cassette Playa, Gareth Pugh e Bruno Pieters) que “sob a curadoria de Joseph Quartana, possibilitou que nomes cults como Gareth Pugh, Bernhard Wilhelm, Preen e Alexandre Herchcovitch colaborassem com ‘narizes’ inovadores para criar seus próprios perfumes”. O resultado, seis frascos com aromas desenvolvidos por estilistas e perfumistas de vanguarda foi comercializado em pontos de venda selecionados da Europa, EUA, Asia e Austrália, com parte da renda revertida para a fundação Designers Against AIDS (DAA).

a distância do amor

Não costumo falar sobre campanhas de publicidade aqui, a não ser que sejam focadas em moda e tenham algum grande diferencial, como aquele anúncio do perfume masculino do Tom Ford, em que havia um… errrr… posicionamento de produto pouco usual.

Mas hoje eu  fiquei com lágrimas nos olhos ao assistir ao vídeo “Love Distance” que fala sobre a campanha de uma marca camisinhas japonesa, a Sagami Original. Vale a pena ver, clique na imagem abaixo para ser redirecinado para o site do filme.

sagami-condom

Eu não sou expert em publicidade, nem nada, mas achei o conceito da campanha muito pertinente: a marca produz a camisinha mais fina do mundo, com apenas 0, 02 mm de espessura e o filme fala sobre a distância entre os amantes. Também achei genial terem criado sites separados para homens e mulheres, sendo que depois de se cadastrar em um, você não podia acessar o outro e, no final da campanha, os dois sites se fundiram em um só. E principalmente, toda a ção foi baseada numa história real, com um casal de verdade, capaz de emocionar qualquer um que já tenha amado à distancia.

Belas e feras

Achei inspirador esse ensaio fotográfico “Betes de Mode”, criado por Thomas Couderc e Clement Vauchez do escritório de criação gráfica HELMO, para as vitrines da Galeries Lafayette, tempos atrás.

helmo1 helmo2

helmo3 helmo4

helmo5 helmo-6

Confira a ficha técnica:
Betes de Mode: trabalho realizado com Thomas Dimetto / fotos dos animais, Christophe Urbain / fotos das pessoas, Laurent Croisier / styling, Romain Vallos / direção de criação, Anne Claire Boulard e Tulip Santene

Mais recentemente, a dupla criou a instalação “Hunting Colors” para a loja de Issey Miyake. Aproveitando que a grife desenvolveu a coleção de primavera-verão 2009 à partir de 8 cores encontradas na floresta amazônica, a HELMO propôs uma série de serigrafias, nos mesmo tons da coleção, em que figuram insetos brilhantes atraídos pela luz de uma lâmpada.

helmo-hunting1

helmo-hunting2

Créditos:
Hunting Colors: instalação realizada por Ivann Legall e Laurent Livet / Serigrafias realizadas por  Stephane Bamy