Não se esqueçam! De hoje a 30 de agosto rola o Iguatemi FilmeFashion.
Confira a programação aqui.
Sempre à procura de um novo viés
O site Brainstorm #9 colocou no ar, em primeira mão, o filme em que Jack Bauer, digo, Kiefer Sutherland aparece dirigindo pelas ruas de São Paulo, o Citroën C4 Pallas. O comercial deve ser veiculado na tv nos próximos dias.
O trabalho do grafiteiro Zezão é o tema central do filme “No Traço do Invisível”, das diretoras Laura Faerman e Marília Scharlach, apresentado em 19/05/2007 no Resfest em São Paulo.
Na abertura do Resfest, Laura Faerman e Marília Scharlach, diretoras do filme “No Traço do Invisível” subiram ao palco e agradeceram à equipe de filmagem, por ter entrado “naquela buraqueira”. O que as imagens mostram, logo a seguir, é mesmo uma buraqueira infernal, composta pelas galerias de esgoto do rio Tietê, pelo piscinão do Pacaembú e outros lugares para lá de trash, que o grafiteiro Zezão elege como suporte para sua arte.
Ver Zezão se embrenhar na imundície dos túneis causa, logo de cara, um certo incômodo visual e levanta algumas questões importantes. Por que uma pessoa se embrenha na rede de esgoto para grafitar onde ninguém vê? É um discurso social, é transgressão, é o quê?
Queremos tanto esquecer da parte feia da cidade, dos seus subterrâneos sujos, das suas áreas degradadas e decadentes. E no entanto, lá vai Zezão, sozinho pelos túneis, como um arqueólogo do lixo, deixando sua marca, suas belas formas fluidas e orgânicas, sempre em dois tons de azul. Para quê e para quem?
O arquiteto Paulo Mendes da Rocha e o galerista Baixo Ribeiro (da Choque Cultural) analisam o trabalho do grafiteiro, falam do horror da decadência urbana, da impossibilidade de revitalizar as áreas mortas, da falha da civilização em criar e manter as cidades.
Não fica claro, no filme, o quanto estas reflexões fazem parte da intenção do artista, e isso deve ser entendido como uma qualidade e não uma falha. Zezão escala paredes, se equilibra em muros altos, pula em terrenos baldios, invade trilhos de trem, arromba portas em prédios abandonados. Suas ações falam por si. A câmera que o segue, cúmplice, espiona aquele mundo estranho e apocalíptico que não queremos ver. E termina por mostrar uma beleza às avessas, feita de avenidas sinuosas, curvas de rio, galerias subterrâneas. Vista do alto, a cidade se parece com os traços de Zezão.
O filme “No Traço do Invisível” está disponível no Youtube. Confere lá!
Para ver mais imagens das obras de Zezão, no Flickr do artista, clique aqui.
Acontece hoje, às 21 horas, somente para convidados, a festa de abertura do Resfest, com exibição do longa “No Traço do Invisível”, de Laura Faerman e Marilia Scharlach, sobre o trabalho do grafiteiro Zezão. Depois do filme, o DJ Holger Beier assume as pick ups, e levado-se em conta que ele é o inventor do bastard pop –precurssor de bandas de mashup como o 2Many DJs–, a festa deve bombar.
O meu convite já chegou (OBA!), e veio com um mimo super especial: o toy criado pelo ilustardor Rafael Grampá, diretor de arte da produtora Lobo. É um passarinho muito fofo, veja o desenho acima!
Eu vou lá e depois conto tudo aqui! Se der, vou postar videozinhos do celular e tudo. Aguarde!
Segunda-feira, dia 14, às 17 horas, acontece mais uma exposição coletiva no Mezanino. Desta vez o tema é “Lugares, os Viajantes e suas Cartas de Amor” e participam: Armando Prado, Cássio Leitão, Filipe Jardim, Marcelo Tinoco, João Carrascosa e Roberta Dabdab, entre outros. Além de fotografias, desenhos e objetos, a exposição inclui alguns filmes de Super 8, que serão mostrados às 20 horas, na Escola São Paulo, ali ao lado, na rua Augusta, 2.239. Vai lá!
Mezanino: alameda Franca 1.104.
Acontece na próxima semana, de 18 a 20 de maio, o Resfest, festival de cultura pop que inclui animação, música, cinema, tecnologia, design gráfico e moda. A programação é extensa e vem recheada de boas atrações como uma retrospectiva dos melhores clips do Radiohead, o filme “Drawning Restraint 9″ de Mathew Barney (inédito no Brasil) e o show de Miho Hatori -ex-integrante da banda novaiorquina Cibo Matto. Já a exposição de fotos de Shoichi Aoki, idealizador da revista japonesa “Fruits”, deve fazer a alegria de quem gosta de moda, por conta das imagens de street style. Imperdível!
Hoje tem a pré-estréia do filme novo do Homem Aranha, né! E eu me lembrei de uma coisa curiosa que João Braga, grande professor de História da Moda, disse sobre os uniformes dos super-heróis norte-americanos. Ele chamou a atenção para o fato dos uniformes terem sempre as cores da bandeira dos Estados Unidos, uma vez que foram desenhados em épocas de crise em que era preciso afirmar o nacionalismo. Será que um super-herói vestido de verde e amarelo ia dar certo?