Fábrica low tech

Estudantes da ECAL (Ecole cantonale d’art de Lausanne), que fica em Lausanne (Suiça), criaram máquinas low tech que fabricam objetos como brinquedos e luminárias. Uma delas, no formato de cadeira de balanço, tricota sozinha, movida pelo movimento de vai e vem. Simples, engenhoso, genial!

(via Update or Die)

Mensagem na garrafa

Existem maneiras bem simples colaborar com o meio ambiente e produzir menos lixo. Uma delas é consumir água em garrafas reutilizáveis, deixando de usar copos e garrafas descartáveis.

Por isso, adorei esses dois modelos: a Bobble desenhada por Karim Rashid, que já vem com filtro de carvão ativado, e a Kor One que tem design assinado pela RKS, e é feita de Tritan™, um plástico resistente que não possui bisphenol-A, substância tóxica comum na maioria dos plásticos.

Garrafa Kor One
Garrafas Kor One

Crônica de um país vergonhoso

Ontem à noite, um dos palestrantes do TEDx Amazonia, José Claudio Ribeiro, foi assassinado junto com sua esposa, Maria do Espirito Santo, quando voltava para casa, no Asssentamento Agroextrativista Praia Alta Piranheira, em Nova Ipixuna, no sul do Pará.

Este post não tem anda a ver como moda. Ou será que tem?

José Claudio Ribeiro era castanheiro e vivia da extração de castanhas e outras frutas na floresta. O lugar onde morava é protegido por lei e o corte de árvores, ilegal. Assim, Zé Claudio negava-se a negociar as árvores com os madereiros da região. A pressão era grande: muita gente já tinha abandonado o assentamento e vendido, ilegalmente, as terras. Zé Claudio denunciava os crimes e, por isso, as ameaças eram constantes. Sua palestra no TEDxAmazônia conta exatamente essa história. Num trecho, ele diz: “A mesma coisa que fizeram no Acre com Chico Mendes, querem fazer comigo”. E fizeram.

Num outro trecho, ele faz um apelo. Pede para que as pessoas, ao comprar madeira ou produtos feitos com matéria-prima da floresta, verifiquem a certificação, a procedência do material. Porque enquanto houver gente consumindo sem critério, haverá gente explorando a natureza de modo irresponsável, ganancioso e vil.

Essa cadeira com belo design que enfeita a sala elegante, esse óleo vegetal precioso que combate as rugas e amacia a pele… Será que você sabe de onde eles vieram?

Vale rever a palestra e pensar um pouco no tipo de responsabilidade que temos como consumidores. O homem de fala simples morreu pela floresta, enquanto nós nos sentamos em nossas comodidades

H&M na onda eco-friendly?

A H&M vai lançar esta semana, no dia 18 de março, a coleção Garden Party, supostamente feita com  materiais reciclados, sutentáveis e com baixo impacto ambiental, como poliéster reciclado, linho e algodão orgânicos.

A iniciativa até que é louvável, se desconsiderarmos o fato da marca de fast fashion lançar centenas de outras peças de materiais sintéticos, destinadas ao consumo rápido, que irão levar mais de 200 anos para se degradar no meio-ambiente. Isso sem falar no fato das grandes redes varejistas estarem intimamente relacionadas à contratação de mão-de-obra barata em países em que os direitos trabalhistas não são minimamente respeitados. Salários irrisórios, semi escravidão e assédio sexual são alguns dos fantasmas que assobram milhões trabalhores da indústria ligada à moda, globalmente.

Quem se interessa pelo assunto não pode deixar de ler “Eco Chic -O guia de moda ética para a consumidora consciente”, de Matilda Lee. Lá, a autora cita dados assustadores, e explica, por exemplo, que nas Zonas de Processamento de Exportação (parques industriais que oferecem férias de impostos, isenção de taxas e redução de subsídios), os trabalhadores (90% mulheres) não tem benefícios ou sindicatos. Em 2005, essas ZPEs já empregavam mais de 50 milhões de pessoas.

E ainda: “De acordo com estimativas da Oxfam (Oxford Committee for Famine Relief –Comitê de Oxford de Combate à Fome), menos da metade das mulheres que trabalham nas indústrias de tecido e de roupas para exportação de Bangladesh é contratada. A maioria não tem plano de saúde ou licença maternidade, trabalha em média 80 horas extras por mês e recebe apaenas de 60 a 80% dos seus ganhos –o restante é retido pelos donos das fábricas a título de aluguel, água e comida…”

Existem muitos outros casos mas, a grosso modo, o que acontece é que as grandes redes pressionam os fornecedores a fabricar grandes quantidades de itens, rápido e barato, e essa pressão é repassada para os funcionários. É verdade que muitas redes procuram fazer auditorias sociais nas fábricas de seus fornecedores, mas as pesquisas indicam que isso não é suficiente para mudar a realidade.

Como se vê, ser eco friendly é MUITO MAIS do que fazer uma coleçãozinha roupas coloridas, com tecidos amigáveis e preços camaradas. Mais do que nunca, vale a máxima: Quem não te conhece que te compre!

(via CajonDeSastre)

UPDATE: No dia 18 de março, três dias depois da publicação deste post, a imprensa noticiou a autuação de uma oficina de costura (prestadora de serviço ligada às lojas Marisa) por utilizar mão-de-obra escrava de imigrantes ilegais. Leia a matéria completa no site Brasil de Fato.

tricô com longevidade

Muito tem se falado sobre a importância da reciclagem do lixo comum, mas o reaproveitamento de materiais têxteis, como tecidos, fios e fibras, não pode ser negligenciado.

Por isso, adorei a ideia do site Reknit: você manda seu suéter velho pelo correio, paga uma modesta quantia e recebe de volta uma peça novinha em folha, tricotada com a matéria-prima original. O curioso é que todo trabalho é feito pela mãe da idealizadora do projeto!

Além disso, são os internautas que votam na peça que será confeccionada, mensalmente. Em fevereiro, é um modelo de luva cortada. Em março, a julgar pela votação, será um chapéu. Mais informações no Facebook da marca, de onde saiu esta imagem sensacional, que mostra a vida de um novelo de lã, ao longo de mais de 50 anos, na família da tricoteira.

anotação sustentável

Os cadernos da marca Moleskine viraram cult, no mundo todo, por terem sido usados por grandes artistas como Vincent van Gogh, Pablo Picasso e Ernest Hemingway. Afinal, em suas páginas, ficaram registradas ideias, pensamentos e esboços que mudaram os rumos da cultura ocidental.

A marca brasileira Moleco lançou uma versão similar da famosa caderneta, feita de papel reciclado, com formato pocketbook, capa de papel Kraft e miolo costurado. Há duas opções de tamanho, capas lisas ou estampadas em tons de preto, branco e vermelho. Dá para comprar pela internet ou nas lojas Mundo Verde, em São Paulo e no Rio de Janeiro. Ideal para quem tem criatividade e vontade de ajudar o meio-ambiente!

Mas se você está mais interessado no conteúdo que esses caderninhos podem conter, sugiro uma visita a estes grupos do flickr:

*Moleskine: One Page at a Time

*My Moleskine

(via Eco Desenvolvimento)

o fetiche do bambu

Veja, a seguir, 7 coisas ecologicamente corretas e inusitadas, feitas de bambu. E uma fraude!

A primeira maravilha feita de bambu é este pequeno carro elétrico criado pelos alunos da Universidade de Kyoto.

Clique nas imagens abaixo para ver as outras 6 peças!

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Agora vamos à questão polêmica! Segundo informações do site Ecotece, todos os tecidos “feitos de bambu”, são uma fraude. A explicação é técnica: o bambu é feito de fibras pequenas demais para compor um fio têxtil. Os “tecidos de bambu” são, na verdade, feitos de viscose.

“Acontece que a fibra de viscose é uma fibra artificial, obtida por um processo químico inventado há mais de 100 anos e que usa um produto altamente tóxico chamado de dissulfeto de carbono”.

“Como no mundo inteiro o bambu goza de uma reputação de produto natural e ecológico (com toda razão, por sinal), algum comerciante inescrupuloso teve a infeliz idéia de divulgar os tecidos feitos de viscose como sendo feitos de fibra de bambu, escondendo a informação de que depois de transformada em viscose a fibra nada mais tem a ver com bambu. Na verdade, ao comprar um tecido de viscose, é impossível saber qual foi a fibra de celulose usada em sua fabricação. E também, mesmo que pudéssemos descobrir a fibra de origem, isto em nada mudaria as características da viscose, que é artificial e poluidora e não natural e ecológica.” Diz Hans-Jürgen Kleine.  Para entender o processo em detalhes, é só acessar este post aqui.

Saiba porque o bambu é um material ecológico:

_requer pouca água para o plantio
– bamboo grows more rapidly than any other (woody)
plant on earth.
– larger species can grow over 1 meter per day.
– bamboo stands release 35% more oxygen than
equivalent stands of trees.
– unlike most trees proper harvesting does not kill
the bamboo plant.
– in chinese the bamboo is known as ‘zhu’.
– thomas edison successfully used a carbonized
bamboo filament in his experiment with the first light bulb.
– bamboo related industries provide income,
food and housing to over 2.2 billion people worldwide.
– anji is china’s largest bamboo forest, covering an
area of more than ‘600 mu’ or ’40 hectares’.
– there are around 1,500 species of bamboo thriving
in diverse terrain from sea level to 12,000 feet on
every continent except antarctica.

*O bambu cresce mais rapidamente do que qualquer outra madeira.

*Requer pouca água para o plantio

*As espécies maiores crescem até 1 metro por dia.

*O bambu emite 35% mais de oxigênio do que as outras árvores

*Quando colhido da forma correta, a raiz volta a brotar novamente, coisa que não acontece com a maioria das árvores.

*Há cerca de 1.500 espécies de bambu, crescendo em diferentes tipo de solo e de altitude.

Links:

Flavio Deslandes
HaPe
Asus U6V
MisoSoupDesign
BambooFetish