Sabe-se que muitos intelectuais costumam relegar a moda ao domínio da futilidade mundana. Por isso, fiquei feliz e surpresa ao ler hoje de manhã, na Folha de São Paulo, que o poeta concretista Décio Pignatari considera que, atualmente, a vanguarda brasileira acontece na moda.
Mas o que pode ser considerado como vanguarda e arte, na moda? Certamente é uma pequena fração, uma porção minúscula do mercado. E nem poderia ser diferente, pois como diz Pignatari: “não existe vanguarda majoritária. O signo novo não pode ser majoritário. O novo põe em questão o que foi feito antes.”
O jornalista (e colega de BlogView) Vitor Angelo escreveu ontem uma matéria sobre este assunto, citando uma definição de James Joyce que categoriza a arte como pornográfica ou transcendente. Leia, aqui.
Para ilustrar, ele postou este vídeo do inesquecível desfile de Jum Nakao.