O fotógrafo Bill Cunninghan vem registrando a moda nas ruas de Manhantan, diariamente, há décadas, para publicações importantes como os jornais New York Times e Women`s Wear Daily e a revista Times.
Em seu gigantesco registro da moda cotidiana, o fotógrafo inclui ricaços poderosos, esquisitões de todo tipo, e gente comum que ele julga interessante. “Todos nós nos vestimos para Bill”, diz Anna Wintour, diretora da Vogue America, no documentário Bill Cunninghan New York, dirigido por Richard Press e lançado em 2011.
Antes disso, inclusive, sua importância já havia sido reconhecida na França: ele recebeu o título de Officier de l’ordre des Arts e de Lettres do Ministério da Cultura, em 2008.
Na coluna do NYT de 10 de junho, Bill diz que hoje “sem sombra de dúvida o centro das atenções, em termos de vestuário, é a moda masculina”. E relaciona isso ao amadurecimento de uma geração liberada que aceitou o casamento gay e aderiu ao lado lúdico da moda, que é normalmente associado às mulheres. Ele afirma ainda que apesar desse movimento ter um número restrito de adeptos, em 10 anos deverá estar disseminado.
Concordo plenamente. Há tempos sinto que a moda feminina exibe um cansaço que parece vir da repetição dos próprios clichês. Já a masculina, exala energia e renovação, quebrando barreiras e causando desconforto, como é de praxe. Polêmicas à parte, achei o vestido de renda que Marc Jacobs usou no baile do MET muito feio, mas em termos culturais, o acontecimento tem lá sua importância.
Viva a diferença!