cada boné uma sentença

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Na semana passada, a New Era, uma das maiores fabricantes de headwear no mundo, organizou no DuplexClub, aqui em São Paulo, a primeira Cap Night do Brasil. O convite da festa especificava que o dress code (traje) deveria incluir boné. Eu não pude ir,  por conta de compromissos profissionais, mas pedi para o meu amigo Glauco Sabino, do blog Descolex, conferir a noitada e escrever um post sobre este ícone da cultura urbana: o boné. Fala aí, Glauco!

“Nos EUA a cultura do boné tão forte que este tipo de festa é super comum. No começo, as baladas eram restritas às universidades. Mas, em pouco tempo, a onda chegou à Hollywood. E sabe qual é uma das marcas preferidas pelas estrelas (principalmente os artistas de hip hop)? A New Era.  Criada nos Estados Unidos em 1920 pelo alemão Ehrhardt Koch, a grife ganhou notoriedade pela fabricação de bonés premium. O salto para o sucesso foi, sem dúvida, as bem-sucedidas parcerias com as ligas profissionais norte-americanas de Baseball, Basquete e Hóquei.

Aqui no país, a New Era chegou há poucos meses por meio de uma parceria com o estilista Marcelo Sommer, que colocou os bonés nos desfiles das marcas AfroReggae e Do Estilista no último SPFW. Enquanto rolavam os desfiles, os bonés chegavam às principais lojas do Brasil. A coleção atual apresenta cerca de 1.200 modelos divididos entre várias linhas, identificadas como “Gold”, para as lojas de moda e “Blue”, para as lojas de esporte. Além dos bonés licenciados pelas ligas, são lançados diversos modelos diferentes anualmente, dos tradicionais esportivos aos bordados com linha metálica e cristais para usar na noite. 

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O modelo cravejado de cristais, que aparece ao fundo, sai por R$ 2.400 

Já faz um tempo que usar boné deixou de ser coisa restrita aos skatistas ou à dias ensolarados na praia. O acessório, que tem a cara das ruas, faz, hoje, a cabeça dos mais variados tipos de pessoas… Cada grupo, claro, seguindo um estilo. Já reparou?

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Nas raves de psytrance, faz o par perfeito com os indispensáveis óculos escuros. (Tribe Ribeirão Preto. Crédito: Duzzek Alves) 

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Emos também adoram um boné… Principalmente se ele for quadriculado. 

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Na Inglaterra, os chavs são identificados pelos bonés xadrez falsificados da Burberry. Detalhe: como ser chav não é nada bacana por lá, diz que a grife até registrou queda nas vendas de produtos com a padronagem estampada.   

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O pessoal do hip-hop e do skate curte mesmo a aba reta, virada para o lado

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Já as meninas costumam gostar de modelos mais variados e femininos, é claro. Como esse de crochê e esse de couro.  

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E até as drags e performers têm seu jeito especial de usar o acessório. Na foto, Marcelona. 

Se eu quisesse, essa lista poderia ser bem maior, o que prova que os bonés são realmente democráticos e fazem o gosto de muita gente. No orkut, por exemplo, são mais de mil comunidades com o termo “boné”. Muitas, expressando todo o amor das pessoas pelo item. Outras, como a “Mulher de boné é frentista”, mostrando que nem são todos que gostam da moda. 

E vc? Como usa o seu boné?”

por Glauco Sabino/Descolex

mais u_mag

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Já está no ar mais uma edição da revista U_MAG editada por Romeuuu, com contribuição de Matheus Evangelista. Nesta edição, o zine mais descolado da internet aparece em novo formato, com links para várias matérias e citações musicais. Puro deleite pop!

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beldade

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 Veja a belíssima Carol Demarqui no editorial da revista do New York Times, “The Witches of Bushwick”. Fotos de Daniel Jackson e edição de moda de Melissa Ventosa Martin.

papel pop

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Nestes tempos de personalização, em que é possível encomendar, ao gosto do freguês, praticamente qualquer bem de consumo –como geladeiras, automóveis e  roupas, em geral caríssimos– existe uma opção fofa e acessível, a boneca de papel.

Basta enviar uma foto e a designer Denise Brandt cria uma bonequinha com a sua cara e um guarda-roupa antenadíssimo com as tendências da estação.  E o melhor é que este pequeno luxo custa bem pouco: R$ 12 mais a despesa de envio que é de R$ 5. Até o dia 20 de outubro, porém, as garotas de papel estão em promoção, saem por R$ 10,60.  Aproveite!

Mais informações no blog de Denise Brandt, aqui.

a moda na enfermaria

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Os amigos têm me perguntado se não vou postar nada sobre os desfiles internacionais. Ai, sabe preguiiiiiiça, mas uma preguiiiiiiiiça muuuuuuuito grande? Pois é… ela está pairando sobre a minha pessoa, mais ou menos como uma nuvem em cima da casa da família Adams. Hehehe!

Sabe o que é? Cansei um pouco de fingir que aqueles desfiles norte-americamos e europeus têm a ver com a moda que acontece abaixo do equador. Todo mundo já sabe, a esta altura do campeonato, que a grande influência de estilistas consagrados como Marc Jacobs, John Galliano e Nicolas Ghesquière vai se revelar na abundância de cópias baratas que serão confeccionadas e vendidas no mundo todo. Que o nível da moda brasileira é bastante bom, PORÉM, nossos maquinários estão defasados, os tecidos e os acabamentos estão longe de atingir a perfeição. E o mercado consumidor então? Nem se fala…ele se divide entre gente endinheirada que consome artigos de luxo, mas não tem estilo próprio nem personalidade para se vestir REALMENTE bem. E uma classe média que se espelha nas celebridades e consome a moda rápida e barata vendida nas Zara da vida.

Sim, nós temos criadores. Mas quem é que está, de fato, interessado no que eles criam?

Eu, você, meia dúzia de gatos pingados? Estou sendo muito ácida? Muito crítica?

Talvez sim, mas o desfile de Marc Jacobs para a Louis Vuitton, com sua equipe de enfermeiras fashion, vestidas com aventais de organza branca, parece diagnosticar, de forma acurada, que a moda hoje precisa de uma UTI urgente!

Ou sou eu que ando delirando???

uma cachorrada das boas!

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Quem não se lembra da TV Colosso, programa que alegrava as manhãs da Globo, entre 1993 e 1996?

Priscila, J.R., Capachão, Jaca Paladium, os filhotes, as pulgas, o cozinheiro, e tantos outros personagens, criados por Luiz Ferré e Beto Dorneles do grupo Cem Modos, faziam rir crianças de todas as idades com seu humor amalucado, recheado de deliciosas referências ao mundo adulto.

Por enquanto, você pode matar as saudades com os vídeos abaixo, mas saiba que existem grandes chances de pintar um novo projeto com bonecos na Rede Globo, em 2008. Tudo o que eu posso adiantar, no momento, é que o pessoal do Cem Modos (que agora conta também com a presença de Totoni), está em conversação com a Rede Globo. Vamos torcer para dar tudo certo! Suspense!

Reveja a abertura

Que tal umas notícias? É hora do Jornal Colossal

Aqui, você confere o clip sen-sa-cio-nal do grupo Cem Modos. Eles não só são os responsáveis pela criação dos cachorros “colossais”, como de alguns outros personagens que você já viu por aí. Confira!

Meme: 5 livros

Você sabe o que é um meme? Não? Até agora eu também não sabia. É um termo cunhado pelo escritor Richard Dawkins, no livro “O Gene Egoísta”, e denomina uma unidade mínima de informação que se multiplica de cérebro em cérebro. O meme estaria para a memória, assim como o gene para a genética. 

Já no mundo nerd da blogosfera, um meme é uma espécie de corrente transmitida de blog em blog, conforme as pessoas respondem a um tema proposto e o repassam adiante.

Toda essa explicação é para contar que Thyer K., que publica o blog Ócio Pop, me pediu para dar participar  de um meme sobre 5 livros que foram importantes na minha vida. Quem o convidou foi a da groselha, que por sua vez foi convidada pela Bel Furtado, do blog Síncope.

Como toda lista curta, esta foi gerada com grande sacrifício e dó dos livros queridos que tiveram que ficar de fora. Mas vamos lá, antes que eu mude de idéia quanto aos títulos a serem citados, pela enésima vez!

“Da Morte. Odes Mínimas” de Hilda Hilst. Ela é uma escritora que aprecio imensamente e que não poderia faltar na estante. Gosto de todos os livros dela e foi difícil de escolher entre este e o “Cantares de Perda e Predileção”, por exemplo.

 “Sexus”, “Plexus” e “Nexus” de Henry Miller. A trilogia deste escritor desbocado e inconformista abarca toda a gama de grandezas e baixezas da natureza humana. Sua obra marcou uma fase da minha vida, junto com os diários de Anaïs Nin e os livros de Scott e Zelda Fitzgerald. Com eles mergulhei nos anos loucos, sonhei que era Kiki de Montparnasse, que tomava absinto, que…

“A História Secreta” de Donna Tart. Cada vez que folheio o livro de estréia desta autora americana, não consigo mais largar e leio novamente. A história é tão intrigante e os personagens, tão vivos, que quando vou chegando no final já morro de saudade deles. Tempos atrás noticiaram que ia virar filme, mas até agora, nada. Talvez seja melhor assim.

“Reparação” de Ian McEwan. O autor ganhou o Booker Prize em 1998, por conta de “Amsterdam” que é, sem dúvida, uma obra memorável, mas eu tenho uma predileção toda especial por esta história trágica sobre o amor, a delação e a impossibilidade da redenção.

 “As Correções” de Jonathan Franzen. Um retrato ácido, cínico e inclemente da nossa época, escrito por um mestre do texto e das imagens.

E para continuar o meme dos 5 livros marcantes, convido os 5 blogueiros abaixo:

Marisa Toma, Objetos de Desejo

Cristiane Lisbôa, do blog homônimo

Mark, do Simples Assim

Ricardo Oliveros, Fora de Moda

Vitor Angelo, Dus Infernus

 Clique no link abaixo se quiser ler trechos de algumas obras citadas.

Continue lendo “Meme: 5 livros”

take control

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O filme “Control” de Anton Corbijn, que fala da tragetória do lendário Joy Division, estreou ontem no Reino Unido e possivelmente vai ser axibido aqui em breve, na Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, que acontece de 19 de outubro a 1º de novembro. Enquanto isso, ouça a versão do Killers para a música “Shadowplay”.  

Quer saber mais sobre o filme? Leia a resenha do Manchester Evening News.

bagagem de mão

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Neste sábado, a Eastpak arma a festinha para comemorar um ano da loja no Brasil. Além de um monte de gente ligada ao universo da street art, que sempre dá as caras por lá, vai ter o novo mural e a exposição de mochilas customizadas por Felipe Yung “Flip”, tudo ao som do DJ Dubstrong. Apareça!

A Eastpak fica na rua Augusta, 2685, à partir da 15hs.