quase no ponto

Enquanto o primeiro ensaio de moda do MSF está sendo finalizado, deixo aqui uma “pista” do que virá…

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a fada madrinha dos jovens estilitas ingleses

 A primeira convidada do Pense Moda, nesta segunda-feira, dia 05 de novembro, foi Lulu Kennedy, criadora do projeto Fashion East (o nome é um trocadilho com a palavra fashionista, reparou?). O evento, que acontece em Londres simultaneamente à semana de moda inglesa, é responsável por apresentar 3 novos estilistas a cada estação.

 Na foto abaixo, Camila Yahn e Lulu Kennedy, à direita.

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Lulu Kennedy começou a palestra contando que sua formação acadêmica foi na área de Artes, que já trabalhou em galerias e que não tinha lá uma imagem muito boa do mundo da moda. Mas essa visão mudou depois que ela conheceu o trabalho do estilista Hussein Chalayan. Eles se conheceram quando Chalayan estava em busca de um galpão para ambientar seu desfile e Lulu o ajudou com a produção executiva.

Então ela idealizou o Fashion East, um projeto sem fins lucrativos, feito para ajudar os jovens estilistas a se lançarem no mercado. Para torná-lo viável, precisava de um grande patrocinador. A  Topshop a procurou e as coisas aconteceram.

Parêntesis: ou a moça tem sorte ou as coisas são diferentes na Inglaterra, né!? Porque as histórias que ouço envolvendo patrocinadores, aqui no Brasil, tem um tom melodramático. André Hidalgo, por exemplo, está sempre lutando, com grande dificuldade, para conseguir realizar a Casa de Criadores. Mas vamos em frente!

A seguir, Lulu ressalta a importância do apoio que recebe de jornalistas de moda como a poderosa Sarah Mower –que escreve para o Style.com e para a Vogue–, e Nicola Formichetti, editor de moda da revista Dazed&Confused. E atenção, todo o tempo e a expertise que estes profissionais dedicam ao evento não é remunerado!

“O aval deles é tão importante quanto o patrocínio financeiro, pois agrega credibilidade e atrai a atenção da mídia e dos compradores”, diz.

Neste momento, confesso que senti uma certa melancolia, pois lembrei que durante os 7 anos em que trabalhei como editora de moda de uma revista mainstream, só consegui publicar uma matéria sobre novos talentos! Não foi por falta de vontade ou de tentativas. Apenas, a direção da revista não considerava os jovens estilistas importantes, do ponto de vista comercial. Na minha opinião, esse racionínio é equivocado porque não leva em conta que eles são a matéria-prima do futuro.

Não vejo esse episódio como um acontecimento isolado, acho que muitas revistas brasileiras de circulação nacional ainda precisam se dar conta do seu papel no desenvolvimento do mercado de moda.

Confira, abaixo, alguns dos talentos que já participaram do Fashion East.

Cassette Playa: grife de moda masculina feita pela estilista Carri Mundane, com estética calcada em videogame e new rave.

 Noki: no desfile de primavera-verão 2008, camisetas de heavy metal convivem com vestidos de baile. Ele é uma excessão no evento pois já trabalha há 10 anos e, segundo Lulu, ainda vai participar da próxima edição do Fashion East, embora ela não tenha explicado de que forma isso vai acontecer.

noki-3.bmpFoto: Márcio Madeira/Vogue.com

Gareth Pugh: o novo queridinho do mundo fashion era considerado como um risco conhecido. “De antemão sabíamos que os críticos iam dizer que a roupa é teatral, que é para os clubes noturnos e não para as passarelas. Mas ele trabalha duro e é muito talentoso, então resolvemos enfrentar o desafio”.

E valeu a pena: Gareth Pugh foi catalpultado do underground para a fama e hoje, está em todas as revistas importantes da Europa. Veja aqui o desfile de outono-inverno 07/08, com direito a bastidores e entrevista.

No início da carreira, o designer enfrentou críticas severas. O barulho gerado pela imprensa, em torno do desfile, despertou a atenção de todos, mas Gareth não tinha nenhuma estrutura de venda. A imagem da passarela era tudo o que se podia consumir.

Se fosse aqui no Brasil, o que teria acontecido? Tenho a impressão de que ia ser comido vivo, não só pelos compradores, como pela imprensa de moda também. Será que teria conseguido uma segunda chance?

Ainda bem que os ingleses são mais tolerantes.

E ficam as questões: qual a função do desfile? Ele pode ser só uma manifestação pessoal do estilista, sem desdobramentos comerciais? É válido criar uma imagem fabulosa, só pelo desejo do sonho ou para quebrar alguns paradigmas? Opinem! 

DRAMA!

São 3:30hs da manhã de quarta-feira e acabo de perder um post gigante sobre o primeiro dia do Pense Moda. Ai, minha nossa senhora da internet, me ajude a recuperar este material!

as novas da moda

Nove da manhã: hora de correr para o Pense Moda, lá no Shopping Iguatemi. Hoje tem Herchcovitch falando do seu processo criativo e depois, Gareth Pugh, o enfant terrible da moda inglesa, vai nos contar sua trajetória do underground para o topo da moda.

Depois eu volto aqui e conto como foi, inclusive as conversas de ontem com a Geração Frescor e Lulu Kennedy, empreendedora do Fashion East, em Londres. Já, já!

moda na cabeça

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Depois deste domingão, final de feriado, é hora de pensar na semana animadíssima que vem por aí. De 5 a 9 de novembro acontece o Pense Moda, evento idealizado pela jornalista Camila Yahn e pelos produtores Barbara Bicudo e Marcelo Jabur, com a proposta de discutir o DNA brasileiro, à partir do ponto de vista da criação de moda.

O encontro está recheado de convidados internacionais, como o estilista Gareth Pugh, o stylist Judy Blame e Lulu Kennedy, criadora do projeto inglês Fashion East que direciona a carreira de novos talentos. 

Representando o Brasil, muitos nomes importantes marcam presença, como Alexandre Herchcovith, Paulo Borges, Bob Wolfenson, Wilson Ranieri e Maurício Ianês –para citar apenas alguns. A idéia é discutir os vários aspectos que afetam a produção artística de moda, sejam aspectos econômicos, culturais ou de comunicação.

As palestras acontecem sempre no período da manhã, das 9 às 12 horas, no Cinemark do Shopping Iguatemi (SP). O custo é de R$ 160 por dia, ou R$ 700 (pacote pelos 5 dias). As inscrições podem ser feitas no local. Telefone para compra: (11) 3812-1985. Email: contato@pensemoda.com.br

IMPERDÍVEL! Afinal a moda não acontece só no âmbito do corpo ou do consumo, sua matéria-prima são as idéias!

A seguir, o press-release e a programação completa! Agende-se! Continue lendo “moda na cabeça”

roupa nova

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O último sábado foi um dia importante para o Moda Sem Frescura: finalmente consegui realizar, com a ajuda de um time de profissionais estrelados, o primeiro ensaio de moda do blog! Não foi nada fácil conciliar a agenda de todos os envolvidos, mas valeu a pena, fiquei muito feliz com o resultado. Agora só falta finalizar a edição e o texto.

Mesmo já tendo feito centenas de editoriais de moda ao longo da carreira, sempre que começo um projeto novo sinto um friozinho na barriga, mistura de insegurança e excitação. Será que vocês vão gostar da matéria? Ai, que suspense…

sobre monumentos e roupas

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“Moda e Arquitetura, Possibilidades de Relações” é o tema da palestra que João Braga realiza hoje, às 20:30hs, na Livraria Cultura do Conjunto Nacional. 

Professor de História da Arte e de História da Moda nas principais faculdades de moda de São Paulo, João Braga não só domina o assunto, como tem o dom de entreter o público com apresentações ricas e interessantes. Digo isso por experiência própria, pois já fiz seu curso de História da Moda na Faap e adorei.

Não perca! A entrada é gratuita e não é preciso fazer inscrição.

Livraria Cultura: av. Paulista, 2073.

Acima: reprodução de um selo grego e foto do desfile de outono-inverno 07 da Versace por Marcio Madeira/Style.com

origami cultural

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Hoje à noite, das 19:30 às 21:30hs, no bar Drosophyla, acontece a festa de lançamento da Revista dObras. 

A publicação, idealizada por Kathia Castilho e Tula Fyskatoris, se auto-define como uma revista de moda mas não só, acadêmica mas nem tanto. Com periodicidade quadrimensal, a dObras pretende “contribuir para a disseminação e consolidação da cultura de moda no Brasil”.

Para isso, reuniu um time de feras-pensantes como Cristiane Mesquita, Rosane Preciosa, João Braga, Carol Garcia, Monica Moura e muitos outros, que assinam colunas fixas ou fazem colaborações eventuais.  

Por tudo isso, me sinto extremamente honrada e feliz em fazer parte desta edição com uma matéria sobre blogs de moda.

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Você encontra a Revista dObras (R$ 29) nas lojas da Livraria da Vila, Livraria Cultura, Fnac, e grandes bancas de revistas. Para mais informações sobre onde encontrar, acesse o site da Estação da Letras.

domingueira aleatória

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Na quinta-feira, dia 25, fui assitir ao show da Cat Power no Tim Festival. À propósito disso, surgiram alguns pensamentos randômicos sobre moda e música:

Chan Marshall (a Cat Power) e Karen Elson (a modelo) tem algo em comum além de estamparem capas de revistas badaladas (acima). Elas gravaram juntas, tempos atrás, uma versão para a música “Je t’aime mois non plus” de Serge Gainsbourg. Clique logo abaixo para ouvir.

[audio:02catpowerandkarenelsonjetaimemonnonplus.mp3]

A canção faz parte do CD “Monsieur Gainsbourg Revisited“, tributo ao grande compositor francês que é pai da cantora e atriz Charlotte Gainsbourg,  que já foi musa da grife Balenciaga, dirigida por Nicolas Ghesquière.

Abaixo, Charlotte Gainsbourg e Nicolas Ghesquière no jantar comemorativo da exposição “Balenciaga Paris”, no Musée des Arts Decoratifs, em 4 de julho de 2006. Foto de Stéphane Felgère/ Style.com

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Por falar em  grifes de moda internacionais, no final de 2006, Chan Marshall fechou contrato com a Chanel para divulgar sua linha de jóias, e tem aparecido em vários anúncios da marca.

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Já a modelo Karen Elson se casou com Jack White, líder do White Stripes numa cerimônia xamânica em Manaus, em junho de 2005, quando a banda esteve no Brasil.

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Veja o clipe de Blue Orchid, do White Stripes, com participação da top model Karen Elson como uma vampira etérea. Ela me lembra, aqui, a personagem Lucy, do filme Drácula de Francis Ford Copolla.