alimente a cabeça!

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Anote na agenda: dia 06 de junho acontece o lançamento da terceira edição da revista dObras. A bela capa, que você vê aqui, foi criada pelo artista plástico Sérgio Gregório.

No recheio: matérias sobre os figurinos no cinema de Hitchcock e nos filmes de ficção, por Mariane Cara e Vitalina Alves de Lima, respectivamente.

Marco Sabino fala sobre o trabalho hercúleo de escrever um dicionário de moda de 656 páginas!

Artigos acadêmicos de Fausto Viana (origens, simbologias e conseqüência do uso ritualístico dos paramentos religiosos).

Comentários sobre a moda argentina e a cultura popular por Laura Novik, pesquisadora internacional de origem argentina, radicada no Chile.

A potencialidade do ritmo em processos de significação de textos visuais é o tema do artigo de Sandra Ramalho e Oliveira.

E mais as colunas temáticas comandadas por Carol Garcia, Cristiane Mesquita, Gilda Chataigner, João Braga, Jofre Silva, Monica Moura, Rosane Muniz, Rosane Preciosa e Stephane Malysse.

 Em São Paulo: dia 06 de junho, das 19 às 24hs, na Livraria da Vila, alameda Lorena, 1731.

No Rio de Janeiro: dia 13 de junho, das 19 às 24hs, na Livraria da Travessa, shopping Leblon.

Mais informações: www.estacaoletras.com.br

troca-troca

No post anterior, brinquei com o fato de não ter postado nada nos últimos 20 dias  ilustrando o fato com um sketch cômico.

Algumas pessoas me perguntaram porque eu não avisei que ia “tirar férias”. A verdade é que não planejei me ausentar tanto tempo. Uma viagem a trabalho me levou a Fortaleza, e lá, um desejo incontrolável de evasão me levou para Canoa Quebrada e Jericoacoara. Lá, meu telefone ficou milagrosamente mudo. Havia internet, sim, e até mesmo wi-fi, mas com a lentidão arrastada das tardes quentes e silenciosas.

Lá, me encantei com a curva de uma duna dourada, descobri onde moram todas as libélulas do mundo, respirei fundo para me intoxicar com a beleza do sol se escondendo num mar prateado. E decidi ficar offline.  

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Troquei o brilho do modelito da Balenciaga por um outro, exclusivamente produzido pela natureza.

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Preferi a estampa das pedras costeiras à de Marc Jacobs

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E achei os beges de Jeri bem mais interessantes do que os da Louis Vuitton.

[fotos de desfile: Marcio Madeira/Style.com, as outras foram feitas por mim]

clube do livro

Sensacional o novo flyer da Livraria POP!

Sensacionais também são os livros que você encontra por lá! Muita coisa legal de ilustração, arte, art toy! Ô tentação!

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portifólio #4

Quem lê sempre o blog sabe que a seção PORTFÓLIO é destinada a revelar novos talentos, não só na moda mas em todas as outras áreas ligadas à atividade artística: fotografia, vídeo, ilustração, toy art, grafitti, etc. Se você tem um trabalho inédito, envie um email para modasemfrescura@gmail.com. Ele pode ser selecionado e aparecer aqui!

O PORTIFÓLIO#4 apresenta o trabalho da designer de acessórios Sarah Alcântara, dona da marca Atelie Adelaide.

Radicada em Belo Horizonte, Sarah se formou como designer de acessórios pelo Centro Universitário UNA, mas a paixão pela manufatura de colares e brincos começou bem antes. Aos 12 anos, já fazia bijuterias que as amiguinhas adoravam comprar. Na faculdade, fez uma bolsa que agradou em cheio às lojas bacanas que têm o bom senso de apostar em novos talentos. Assim, surgiu a Atelie Adelaide.

 Se a tragetória de Sarah é bastante convencional, felizmente seus acessórios são especiais. A escolha de materiais incomuns, uma dose de humor e o esmero na confecção fazem de cada peça um achado. E o melhor de tudo: estes mimos exclusivos não custam os olhos da cara! 

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Gostou, quer ver mais? É só visitar o flickr (álbum de fotos) do Atelie Adelaide! E boas compras!

domingueira cover

Nos finais semana, costumo postar clipes de música na seção batizada de “Domingueira”. Faz tempo que eu publico uma dessas, então decidi “domingar” em pleno feriado chuvoso, para dar uma alegrada.

Meu amigo Fábio Resende recentemente me apresentou o Me First and the Gimme Gimmes um grupo de rock que faz covers em versão punk. Criado em 1995, o Gimme Gimmes é composto por integrantes de várias bandas punk dos anos 90.

O repertório é genial porque os caras escolhem músicas de outros gêneros –como country, brega, e até mesmo óperas– e o resultado desse contraste é hilário, sensacional!

Aqui eles fazem uma cover de Jonnhy Cash no show dos Muppets.

E aqui a minha favorita, a pérola brega “Hello” do Lionel Ritchie, que apareceu num episódio de Seinfeld.

ao nerd elegante

Vira e mexe surge um lançamento que alia moda e tecnologia, como o sapato plataforma com GPS, criado na Holanda para dar mais segurança às prostitutas (a peça inclusive esteve exposta no Campus Party deste ano). Ou a jaqueta da ZegnaSport com bateria solar capaz recarregar celulares e tocadores de mp3.

Mas nada se compara a esta novidade para o guarda-roupa geek: a calça jeans com teclado acoplado. Hã? É isso mesmo, uma coisa um tanto quanto esdrúxula que inclui um bolso especial para guardar o mouse e um controle de joystick na frente do zíper!!!

(Ah, talvez este último item possa estimular mais gente a jogar videogame…sei lá…)

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A notícia saiu no BoingBoing, e eu adorei os comentários:

Wikipedia suddenly just got a LOT more interesting!

 – oh vanna, pick me a letter?
– is that a font in your pocket or are you just glad to see me?
– two words, washing machine.
– ouch! i fell on my keys!
– ctrl+alt+disrobe
– i forgot my password and can no longer get into my pants
– where will i put my laptop now?
– the password = ghghghghghghghghghghghghghg
– what, no mouse kneepads?
– lets hope there is not joystick, not seen in photo.

Why give a nerd another excuse to wear the same pair of pants day in and day out? I hope that thing comes standard with some good ventilation.

I wonder why the semi-colon is suddenly such a popular key.
 

beldades e músicas

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A imprensa toda já noticiou que a linda, curvilínea e estilosa atriz Scarlett Johansson agora se aventura como cantora.

Se você não leu essa notícia por aí, aqui vão os fatos básicos:

O disco de estréia, “Anywhere I lay my head”, tem lançamento agendado para 20 de maio nos EUA, e apresenta 10 covers do cantor e compositor Tom Waits, mais uma música inédita composta por Scarlett em parceria com Dave Sitek, do grupo TV On The Radio, que é também o produtor do disco. As participações especiais mais célebres incluem David Bowie (que faz um backing vocal quase imperceptível em uma das músicas) e o guitarrista Nick Zinner do Yeah Yeah Yeahs.

 Para ouvir um trecho das 11 faixas do disco, clique aqui!

Eu não me empolguei muito com o que ouvi, para falar a verdade. Mas fiquei imaginando se essa vontade de ser cantora começou na cena do karaokê de Lost in Translation (Encontros e Desencontros), em que ela arrisca “Brass in Pocket” do Pretenders…

Ou se foi a participação tímida no show do Jesus and Mary Chain, cantando Just Like Honey”, no Coachella Festival do ano passado…

Em matéria de atriz/cantora, sou mais a Charlotte Gainsbourg. Aliás, saiu recentemente, com atraso de quase 2 anos, o clipe da música “Beauty Mark”, do disco 5:55. A direção do vídeo é do top fotógrafo Jean-Baptiste Mondino. (via With Lasers!)

terra brasilis

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Sobre a eterna questão da identidade da moda brasileira, que teima em aparecer sempre que se fala em internacionalização, o jornalista Daniel Piza, do Estado de São Paulo, publicou em seu blog um texto interessante, que reproduzo aqui:

“O caso da moda brasileira merece análises que ainda não foram realmente feitas, por ilustrar como a obsessão brasileira por “identidade” termina sendo a maior inimiga dessa mesma “identidade”. Nos últimos 10 ou 15 anos, a moda brasileira teve um surto criativo que lançou estilistas, eventos e negócios; acima de tudo, lançou um oba-oba, uma crença em muitos aspectos irrealista a respeito de seu alcance. E aí os tombos vêm. O mais recente foi a criação de uma corporação, chamada Identidade Moda, que anunciou compra e fusão de marcas importantes, foi considerada como um salto no “business” e, aparentemente, não tinha capital para tanto, o que levou criadores como Alexandre Herchcovitch a saírem dela.

O curioso é que Herchcovitch sempre teve a lucidez de não cair no conto de fadas da identidade brasileira, dizendo que fazia seu trabalho de acordo com seus critérios e suas inquietações. Isso que chamam de identidade não passa de um rótulo, de um estigma e, como todo estigma, só acaba aprisionando o estilo. Participei na terça de um seminário sobre o assunto, Fashion Marketing, promovido por Gloria Kalil, e transmiti a Ermenegildo Zegna uma pergunta da platéia sobre o que distingue (ou “diferencia”, como se diz atualmente) uma tal “Marca Brasil” aos olhos do mercado internacional. Ele disse que não existe isso: existem marcas, não uma Marca; o criador tem de buscar seu mercado em função da qualidade do que faz. Sobre a concorrência dos chineses na indústria têxtil, foi claro: façam o que eles não sabem fazer.

Essa ansiedade de definir o brasileiro, já apontei, é um essencialismo que não leva a lugar nenhum. Sim, o Brasil tem uma imagem de país hospitaleiro, caloroso e informal, mas por que um criador precisa seguir essa fórmula? Não será isso que impede que a moda brasileira raramente seja vista como algo além de biquínis e sandálias? Eis a questão. O caso serve de ilustração para outras áreas criativas. Eu mesmo testemunhei o que seria um boom das artes plásticas brasileiras no exterior. Colonizadamente, a imprensa local passou a divulgar o fato – baseado em algumas matérias publicadas no exterior – como se o “Primeiro Mundo” estivesse de joelhos diante da liberdade tupi. Hoje, mais de 12 anos depois, afora dois ou três nomes como Vik Muniz e Beatriz Milhazes, a arte brasileira continua desconhecida, ou conhecida pelo que nem é seu melhor… Os rótulos sempre acabam rotos.”

Prometo ainda postar algumas considerações sobre o Fashion Marketing, nos próximos dias, assim que o trabalho der uma trégua!