Homem colorido

 O SPFW passou e eu acabei não fazendo um post sobre moda masculina. Para remediar o caso –que não foi de esquecimento, mas de pura falta de tempo– decidi pedir a opinião de alguns rapazes sobre o assunto.

Aqui, o jornalista Luiz Pattoli, que trabalha com comunicação empresarial e também é DJ e blogueiro, comenta o desfile da marca carioca Reserva. 

“Uma das coisas que eu mais reclamo na moda na masculina é a utilização de cores vivas, alegres. Não falo de moda jovem ou street-wear, essas têm cores, me refiro a roupa social ou ‘roupa de trabalho’. Apesar de gostar de roupas largas e de uma moda mais casual, no trabalho preciso estar um pouco mais arrumado. Não preciso usar terno e gravata, mas não dá para usar roupas estampadas ou muito coloridas.”
 
“Diante desse panorama, foi uma grata surpresa ver o desfile da Reserva no último dia do São Paulo Fashion Week. O debut da marca carioca no SPFW, feito na menor sala do pavilhão da Bienal, trouxe uma coleção com o tema Dândi da Silva – que segundo o release é um cara ‘boêmio, musical, elegante, colorido e cheio de suingue’.
Achei a coleção bem comercial, sem grandes extravagâncias.”
 
“O verão da Reserva tem malhas leves de lã amarelo e rosa claros, calças com estampas gráficas e muita geometria nas camisas, que podem ser listradas, diagonais ou xadrez. Gostei demais de uma camisa xadrez com uma borda amarela. Mas, lã no verão me parece um pouco demais, mesmo que seja uma coisa leve, para sair à noite. Não sei se eu usaria.”
 
“Porém, o que me conquistou na coleção foi a utilização da cartela de cores. Grande parte das roupas é cinza/prata e marrom com detalhes em cores fluorescentes. Eu, que gosto de cores vivas, usaria tranquilamente a maioria das peças – menos uma blusa que é amarrada na cintura. Acho improvável que a maioria dos meus colegas de trabalho – que fazem chacota das minhas camisas rosas – usasse algum dos modelitos.”
 
“Cores ainda são vistas como extravagantes ou como uma coisa do mundo feminino pelos homens na maioria dos ambientes de trabalho e fora dele também. É claro que existem pessoas que não compartilham dessa opinião, mas é só dar uma olhada na avenida Paulista na hora do almoço: é um festival de preto, cinza, marrom e azul-marinho no corpo de homens de todas as idades. Talvez os estilistas da Reserva não tenham pensado num uso ‘corporativo’ das peças, mas seria interessante alguém elaborar isso. Também seria interessante pensar em roupas bacanas para quem está acima do peso.”

“A alfaiataria apresentada no desfile tem um toque retrô e mistura paletós com bermudas. Não gostei da combinação e não usaria as duas peças juntas – acho que paletó e bermuda dá um ar muito infantil para o homem. Mas eu gostei do paletó xadrez e usaria com uma calça lisa ou com um jeans. As bermudas da coleção são bonitas, mas nenhuma me impressionou. Ainda acho que as camisas e blusas foram os destaques e usaria grande parte do que foi apresentado. Combinando com o que tenho no meu guarda-roupas, eu estaria arrumado como pede o meu trabalho, mas com um toque descontraído, que me diferenciaria dos outros.”  Luiz Pattoli

Eu também reparei que vários estilistas propuseram o uso do paletó com bermuda ou short, o que parece muito apropriado para o nosso clima tropical. Mas concordo com o Pattoli quando diz que deixa o homem com ar infantil. Em geral, rapazes de short em situações urbanas me fazem pensar naqueles uniformes do jardim da infância. Será que é falta de hábito? Preconceito? Será que um dia os executivos vão exibir as pernocas no trabalho?

Selecionei estas três fotos para serem averiguadas por potenciais consumidores:

 reserva2.jpg Look 1 – Reserva

mario-queiroz1.jpg Look 2 – Mario Queiroz

vrom-1.jpg Look 3 – V.Rom

Agora vamos ver o que os rapazes pensam sobre a dupla paletó com bermuda:

ricardo-lombardi.jpg Ricardo Lombardi, 38 anos, editor do Guia do Estudante e Alamanaque Abril e autor do blog Desculpe a Poeira.

Look 1: Não dá. Só o tênis e a bermuda se salvam, sem o paletó. Usando esse conjunto eu me sentiria uma espécie de Pee Wee Herman  pronto para animar uma festa infantil. Mas a bermuda é bonita.

Look 2: As peças funcionam separadamente, também. O calção eu usaria na praia; o paletó e a camisa, no trabalho. Mas se usasse tudo junto seria demitido, acho.

Look 3: De todos, é o que me pareceu mais próximo da realidade (bom, ao menos da minha). Eu não usaria, mas achei que caimento das peças dá um ar confortável ao conjunto. Ah, ok, eu usaria na praia, numa festa. Resumindo: paletó e verão tropical não combinam. Melhor insistir na camiseta básica ou na camisa hawaiana.

joao-perassolo.jpg João Pedro Perassolo, 25, jornalista e autor do blog Música de Cabeceira

Look 1: Parece roupa de palhaço de circo, versão 2008. Overdose de xadrez. Só falta aquele nariz vermelho.

Look 2: Poderia ser usada numa pool party, tipo festa de reveillon à beira da piscina. Se colocar um suspensório e tirar o paletó, fica o Chaves.

Look 3: Quando o excesso faz sentido. O detalhe em verde no paletó chama a atenção e te distrai das estampas todas. Usaria numa festa, sem medo de ser feliz. Nota dez.

julio-cesar-2jpg.jpg Júlio César Soares, 25 anos, jornalista e autor do blog O Imperador.

Look 1: A bermuda me chocou por ser muito justa. É mais ou menos a calça do Zezé de Camargo (daquela dupla lá), inclusive em seu tamanho real.

Look 2: Já esta é uma bermuda da Seleção de 82. Aposto que pegaram o calção do Sócrates como base.

No geral: Sei lá, achei as bermudas meio estranhas. Talvez um estilo mais Angus Young, do AC/DC cairia melhor pra mim. E você sabe, “Imperador” não usa essas coisas de paletó. Imperador usa saia e toga, hahahahahahhahahaha…

renato-salles.jpg Renato Salles, 28, arquiteto e autor do blog Arquétipos de Arquitetura.

Look 1: Acho interessante, mas o crash de estampas me incomoda um pouco. Talvez com uma camisa branca ou até uma camiseta eu usaria. Mas o paletó é um pouco estruturado e justo demais e a bermuda é para ocasiões mais informais, então não usaria um corte de paletó tão sisudo.

Look 2: Não gostei. O tecido xadrez é muito pesado, o paletó tem um corte muito folgado e o short curtinho não dá. Fora que se você fechar os botões do paletó provavelmente vai parecer que está sem calça.

Look 3: É o mais legal. O paletó é mais curto, tem detalhes divertidos e acaba ficando com uma cara de jaqueta. A estampa da bermuda e do colete está longe de ser a minha favorita, mas o contraste com a cor clara e lisa do paletó funciona bem. A bermuda podia sem um pouco mais longa, como a primeira, mas esse é o look que acho mais provável de usar.

No geral: Trabalho sempre de calça jeans e camiseta, então não estou acostumado e não gosto de usar terno. Por isso acho que quebrar a sisudez do conjunto uma idéia bacana. Acho difícil que eu use um paletó em um dia em que esteja de bermuda, porque provavelmente o calor não vai ajudar, mas não vejo problemas com a combinação.
 
 

na mata

E para começar bem a semana, um vídeo inspirador do grupo islandês Sigur Rós, que lançou um novo disco recentemente.

domingueira de arte e política

 A Domingueira de hoje vai ser bem atípica!

Arte engajada é algo que faz a maioria dos críticos e entendidos torcer o nariz. Discussões acaloradas costumam surgir quando se discute as relações entre arte e política. Como não domino nenhuma das duas áreas, não vou entrar no mérito da questão.

O blog Rebel:Art (dica ótima da Lalai) se aventura justamente neste terreno incerto, fazendo a conexão entre ativismo e arte. Encontrei algumas obras interessantes por lá.

De Peter Kennard e Cat Picton Philips, “Photo op”

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De Julius von Bismarck “Image Fulgurator”

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“Aparat zur minimal-invasiven Manipulation von Fotographien”, von Julias von Bismarck. “It intervenes when a photo is being taken, without the photographer being able to detect anything. The manipulation is only visible on the photo afterwards. In principle, the Fulgurator can be used anywhere where there is another camera nearby that is being used with a flash. It operates via a kind of reactive flash projection that enables an image to be projected on an object exactly at the moment when someone else is photographing it. The intervention is unobtrusive because it takes only a few milliseconds. Every photo another photographer takes of an object at which the Fulgurator is also aimed is affected by the manipulation. Hence visual information can be smuggled unnoticed into the images of others.” Technik hier, Beispielvideo einer Intervention hier. Via Mail, Danke, Mart!

(esqueci de postar este texto ontem, vamos de domingueira na segundona, mesmo!)

ponto de interrogação

Meu amigo Marco Sabino –autor do Dicionário de Moda e designer de acessórios, presença freqüente nas páginas deste blog– com a veia crítica que lhe é particular, redigiu o texto abaixo, publicado no jornal carioca O Globo. Doze alfinetadas certeiras! Ouch!

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Nudez na passrela da Rosa Chá e Gisele Bündchen no desfile da Colcci

Olá!

O que mais te incomodou nas últimas temporada de moda?
 
1. O bum-bum exposto de Rodrigo Rothen ou o frenesi em torno
de La Bündchen?
 
2. A mesmice no linguajar da moda de muitos blogueiros e
jornalistas ou o número mínimo de modelos negros nas
passarelas?
 
3. As cópias de itens estrangeiros ou a empáfia de
alguns personagens da moda?
 
4. Os corpos sarados dos modelos no desfile da Rosa Chá ou
a esqualidez de algumas outras modelos?
 
5. As gordurinhas da Karolina Kurkova ou a falta de forma de
vários personagens do circo fashion?
 
6. A bajulação excessiva no texto de alguns blogueiros
ou os barracos em relação à fila A?
 
7. A falta de informação em relação à História
Geral e ao passado da Moda Brasileira ou o foco excessivo em
cima de alguns?
 
8. A publicação dos números desmensurados de
negócios em alguns jornais ou a falta de sinceridade de
alguns organizadores?
 
9. A quantidade excessiva de referências comentadas por
alguns estilistas ( a "poesia costureira", como dizia Mlle
Chanel) ou as músicas estridentes em algumas trilhas de
desfiles?
 
10. A cafonice de algumas celebridades e famosos ou o
excesso de performances nas passarelas de moda?
 
11. A moda show ou a moda usável?
 
12. E afinal, quem foi a mala mais pesada das recentes
semanas de moda? Por Marco Sabino

fonte abundante

Boas novas para quem precisa de informação na área de moda, calçados, mobiliário e couro. É que acaba de ser lançado o Portal SENAI Design, um site que oferece ferramentas de pesquisa e fontes de inspiração supervaliosas!

Quer ver alguns exemplos?

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No post “Sexy footwear” você vai conhecer o trabalho de Brian Atwood –designer de acessórios radicado nos EUA– que tem chamado a atenção ao atualizar sapatos clássicos, como os escarpins, por exemplo, tornando-os ultrasensuais, com design elegante e saltos extratosféricos. Parece que o segredo do estilista é um tal de “fator Cinderela”.

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“Pó interestelar”, por sua vez, fala sobre a artista plástica novaiorquina, Liliane Lijn, que concebeu um projeto totalmente inovador, chamado The Stardust Project. A obra consiste num jardim futurista feito de objetos que emanam uma luminosidade intensa e mutante. Para conseguir o efeito, a artista se utilizou de um material da Nasa usado para a captação de poeira interestelar. Bem interessante como ponto de partida para uma cartela de cores ou mesmo uma estampa, não?

Quer ver outra sugestão de cartela de cores? Algo para aquecer os tons sóbrios do nosso inverno? Você encontra aqui, nas tangerinas, nêsperas e cajus suculentos.

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O site está recheadíssimo de informações, inclusive com referências locais e globais. Não dá para deixar de acessar!

(Este é um post patrocinado. O que é isso? É um post que eu fui contratada para fazer, e que, de acordo com meu ponto de vista, é pertinente ao conteúdo do blog e tem potencial interesse para meus leitores. Para manter a transparência, cada vez que um post patrocinado for publicado, ele estará identificado. OK?)

móbile

 Lino Villaventura: tecidos de teia, nervuras de inseto, equilíbrios de Calder, geometrias de Kandinsky.

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[fotos exclusivas feitas no backstage por Rogério Cavalcanti]

Para colocar palavras onde elas me faltam, convoco o poeta russo Maiakovski. Segue um trecho do poema “A Flauta-Vértebra”.

“Memória!
Convoca aos salões do cérebro
um renque inumerável de amadas.
Verte o riso de pupila em pupila,
veste a noite de núpcias passadas.
De corpo a corpo verta a alegria.
Esta noite ficará na História.
Hoje executarei meus versos
na flauta de minhas próprias vértebras.” 
Vladmir Maiakovski

lado B

 Ficar lendo crítica de desfile, uma atrás da outra, é uma atividade enfadonha, não acha? É um tal acúmulo de descrições, de comprimento que sobe, volume que aumenta, tonalidade que esfumaça, que quando a gente se dá conta nem sabe mais se o balonê voltou, se o jeans é délavé, ou se a estampa é devorée. 

Por isso, eu convidei Gabriela Bianco –uma garota sensata, com um humor impagável que faz o blog “Casa da Gabi”para dar a sua versão dos fatos do SPFW! Solta o verbo, Gabi!

“Antes de tudo, que conste dos autos que eu não trabalho com moda. Não manjo de moda, não sei quais as tendências do verão nem do inverno e acho que um bom vestido preto resolve qualquer problema. Isto posto, vamos aos fatos: não entendi lhufas da São Paulo Fashion Week. Não que eu não capte as vibrações fashion. Por exemplo, ficou claro pra mim que o verão vai ter vestidos soltos e estampados; que os jeans não vão ser escuros, mas sim extralavados, brancos ou coloridos; que os cabelos serão naturais e secos ao vento, ao invés de medonhas chapinhas. Tá.”

“Fora isso? Nada. Mas como sou mulher e adoro meter meu bedelho na moda, vou dar minha modesta opinião de não-fashionista em algumas pecinhas.”

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“Ah, sim, a Giselle continua linda. E poderosa, e sorridente, e tudo de bom. Mas sejamos realistas: se nela essa roupinha ficou parecendo aquelas blusinhas tie-dye que a gente compra na feira hippie de Caraguatatuba, imagina em mim, reles mortal sem glamour. E aí, como faz? Preferia a Colcci quando fazia só roupinha moda teen, lá no começo dos anos 90.”

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“Sempre acho que o Lino faz vestido pra mulher. Pode parecer uma frase estranha, uma vez que homem (normalmente) não usa vestido, mas tem estilista que faz umas coisas medonhas que engordam e entortam a gente. O Lino não. Ele faz umas coisas meio diferentes, assimétricas, que parecem se mover junto com o corpo da modelo. Solto, fresco, lindão. Só dispensava esse make Dona Corujinha.”

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“Ok, o que diabos é isso? Um merengue? Um tufo de algodão? Sei lá. Mas é melhor que isso:”

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“Isso é uma espécie de lanterna japonesa costurada numa moça que ainda por cima tá fazendo uma cara feíssima. Eu também faria, se tivesse que ser fotografada usando isso aí. Mas nada supera isso:”

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“Lembra quando sua avó punha uma capinha no liquidificador, e a capinha era sempre cheia de babados e numa cor terrível? Pois é. Ou então um monte de forminhas de brigadeiro empilhadas. Pode ser um protesto contra a magreza excessiva das modelos, né? Ou não. Enfim, esses 3 looks são do Sommer. Cadê aquele stretwear bacanudo que ele fazia? Cadê?”

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“Aí essa portuguesa (Anabela Baldaque) fez um desfile todo de vestidinhos delícia pra usar no calorão. Umas estampas de florzinha, um ar retrô anos 50 numas saias evasê, tudo indo bem, até que ela resolveu embrulhar um modelo em papel alumínio:”

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“Vai saber: de repente as outras modelos estavam com fome e resolveram assar essa menina. Se bem que não ia dar um assado, no máximo uma sopa feita de ossinhos. Mas estou divagando.”

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“Depois desse susto, é um prazer falar dos looks da Cori, mezzo indígena, mezzo mexicano, com uma pitada de silhueta anos 40. Amei, achei glam, fino, quero usar.

E pros meninos? Por mim eles podiam todos desfilar assim:”

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“Mas o Herchcovitch me ouviu e achou que um vestido preto resolvia tudo, aí ele fez assim, e botou o rapagão de vestido da vovó. Sacanagem.”

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“Eu estava aqui com 4 pedras na mão pra jogar no Pedro Lourenço, mas desisti por dois motivos. Primeiro porque ele é pequeno e a gente não bate em criança. E segundo porque ele conseguiu a proeza de criar curvas nas modelos. Olha, parece até que ela tem quadril. E eu gostei das estampas de pássaro. Adorei o conceito como um todo, achei super usável. Mas fiquei com um pouco de medo: se a modelo parece que tem quadril, eu vou ficar parecendo o quê? A linha do Equador?”

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“Mas o que me fez gritar “Eu quero!” foi o vestido de oncinha do Samuel Cirnansck. Lindo, lindo, deu vontade de usar agora num casamento e causar horrores.”

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“Agora com licença que eu vou ali vestir uma pochete pra me desintoxicar de toda essa coisa fashion. Brincadeira, eu jamais usaria uma pochete. Mas vale lembrar que moda só é legal quando é você que usa a moda, e não a moda que usa você. Ficar antenado com as tendências é ótimo. Usar calça de cintura alta, polainas e blusinha balonê só porque algum estilista de memória curta disse que os anos 80 são o máximo está out em Paris, NY e Milão.” por Gabriela Bianco.

[Fotos: Charles Naseh/chic]

sétimo dia

Ai, socorro, tenho tanta coisa para comentar e tão pouco tempo livre… Vou ter que ir pingando homeopaticamente: opinião em gotas! Quem sabe assim encontro a cura de alguma doença fashion! hehehe! Uma indigestão de babados? Uma overdose de dourado, quem sabe? Brincadeira à parte, vou começar pelo final!

No último dia do SPFW saí pedindo para o povo fashion completar a frase: “No próximo SPFW eu prometo que…”. E as respostas refletem bem os vários estados de espírito, dos mais animados aos mais rabugentos!

“No próximo SPFW eu prometo que…”

DIN-DIN

…vou ganhar mais dinheiro com os freelas (Zeca Gutierrez, jornalista. Deus te ouça! Ixalá! Muito “oro”!)

…não vou usar o crachá alheio (Chialin Chiang, stylist. É darling, depois dessa confissão acho que não vão deixar mesmo…hehehe)

…não vou fazer dois freelas ao mesmo tempo (Fergs Heinzelmann, blogueira de moda)

ADEREÇOS

…não vou usar o mesmo tênis todos os dias (André, jornalista do site SPFW. O pessoal da torre agradece, André!)

…vou mandar fazer um cinto de utilidades tipo “MacGyver” (Laura Artigas, jornalista  supereficiente que vai acabar virando uma super-heroína fashion!)

…vou descer do salto alto (Heloisa Aline, jornalista mineira que se refere aos sapatos e não à atitude, afinal ela é uma fofa!)

…não usar salto alto antes do último dia, para não ter bolha no pé (Olívia Hanssen, stylist que no fundo não quer vir de rasteirinnha, não!)

…não usarei preto (Eduardo Saraiva, assessor de imprensa com aura multicolorida)

QUESTÃO DE ÂNIMO

não venho todos os dias, nem fico o dia todo (Lígia Rocha, planejamento de MKT. Menos é mais, eu concordo!)

…prometo não vir, estou cansado (Tarciso D’Almeida, jornalista. Até lá eu aposto que você se recupera!)

…prometo vir de novo, este é o meu primeiro! (Luana Lila, fotógrafa)

…vou continuar assistindo a todos os desfiles masculinos, e no seguinte idem e no próximo também…(Lula Rodrigues, jornalista. Eu quero tomar a mesma coisa vitamina que ele, pode ser?)

…fazer mais exercícios aeróbicos na academia, pra agüentar o pique (Ricardo Corrêa, planejamento de MKT. Corra Ricardo, corra!)

…vou assistir a mais desfiles que eu gosto (Glauco Sabino, jornalista e blogueiro)

ARROZ DE FESTA

…vou socializar menos e escrever mais (Diego Ferreira, o Didi do blog Te Dou Um Dado? Precisa dizer mais? Sim, precisa explicar o nome do blog, DE NOVO!)

…não vou mais andar com o Didi porque fico constrangida! (Carol Ramos, jornalista. Bem… ela anda com Didi, então…)

…vou descansar mais e ficar mais focada no trabalho (Vivi Orth, modelo que mesmo depois da balada, acorda liiiinda!)

NECESSIDADES BÁSICAS

…vou ter um lounge! (Alcino Leite Neto, jornalista e editor de moda da Folha de SP. Editor famoso também sofre, gente!)

…vou dormir mais (Eva Joory, jornalista)

…vou conseguir almoçar todo dia (Kim Akinaga, apresentador)

…vou tomar café da manhã todo dia (Vivian Whiteman, jornalista de moda da Folha de SP. Ô Alcino, dá uma colher de chá pra moça!)

…vou fazer supermercado antes do evento (Marco Aurélio, agente de modelo. Ele não está precisando passar fome, né!)

…vou estar mais magra (Camila Yahn, jornalista. Oi Cami, eu também prometo! Em boca fechada só entra alface!)

…vou tentar trabalhar menos (Reinaldo Lourenço, estilista. Sério? Eu acho que ele tem que trabalhar bastante e fazer uma coleção bem linda, como sempre!)

DESPERTADOR

…vou acordar cedo e ver todos os desfiles da manhã (Maria Prata, editora de moda)

perderei menos desfiles matinais (Ana Pinho, blogueira do site SPFW)

…não vou chegar atrasada a nenhum desfile (Manu Carvalho, consultora de moda. Essa turma toda precisa de um Serviço Despertador Fashion. Eu também, aliás!)

FIU FIU!

…vou continuar usando roupa curta! (Helo Ricci, linda promoter que fará novamente a alegria da rapaziada )

AI, QUE BAGUNÇA!

…ser mais organizado (romeuuu, blogueiro que não conseguia achar a programação de desfiles na própria mesa)

…não perder nada (Hugo Toni, assistente de foto, que perdeu o celular mas não perdeu a reputação!)

SEDE É NADA, IMAGEM É TUDO!

respirar imagem (Rogério Cavalcanti, fotógrafo ligado no 220V! Onde é que desliga?)

…vou correr menos e pensar mais nas imagens (Rodrigo Schmidt, fotógrafo)

…levo uma escada para o PIT (Charles Naseh, fotógrafo do site Chic, num momento “tem um cabeção na minha frente”)

Ó CÉUS!

…não vou reclamar (Carla Raimondi, editora de moda)

…vou ter menos preguiça de tudo (Luigi Torre, jornalista e blogueiro)

…não vou reclamar de nada (Paulo Martinez, editor de moda. A gente finge que acredita, né Paulo, né Carla! hehehe)

…ser mais paciente com os idiotas (Marisa Macedo Soares, jornalista)

E EU?

Ah, eu prometo tentar fazer o blog cada vez mais divertido, informativo e criativo! E conto com a ajuda de todos! 

maratona fashion

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Hoje é o dia nacional da ressaca fashion!

Todas as pessoas que trabalharam nos últimos 7 dias no SPFW e antes disso, no Fashion Rio e na Casa de Criadores, respiram aliviados (ou seria o caso de dizer: “suspiram cansados”?), ao final de mais uma temporada de desfiles.

Eu, apesar de feliz em poder voltar à minha rotina (que nem é muito previsível, aliás) sempre sinto uma certa melancolia, um certo vazio, no day after.

O clima de fim de feira, porém, dura só um dia. Afinal, a estação está só começando e ainda tenho muuuitos posts a publicar sobre tudo isso que rolou. Mas como eu disse na entrevistinha pro site da Erika, hoje é dia de olhar para parede branca para desintoxicar das imagens!!!

Nos vemos amanhã! Bom descanso, pessoal!