Susie Bubbles – entrevista exclusiva

Tenho algo bacana para anunciar: o Moda Sem Frescura vai mudar. Há algum tempo venho pensando sobre isso, amadurecendo ideias, escolhendo caminhos. O fato é que muita coisa aconteceu desde que comecei a blogar, 3 anos atrás. Hoje, tenho vontades e expectativas diferentes em relação a este espaço. Por isso, de agora em diante, vão pintar mil novidades por aqui (*música de suspense*) e eu espero que vocês gostem!. A primeira delas é  inclusão de colaboradores, como Maria Eugenia Tomazini,  jornalista de moda que mora em Londres e assinará matérias mensalmente.

Ela se mudou para lá há 2 anos, para cursar um sonhado mestrado em Jornalismo de Moda na London College of Fashion. Atualmente, trabalha para o escritorio inglês da Première Vision – maior feira de tecidos e pesquisa de tendência de moda do mundo -, é colaboradora da revista Vogue Brasil, e assina uma coluna na Moda Moldes. Ainda assim, encontra fôlego para manter o blog Get Involved, junto com duas amigas, fazer produções de moda – sim, além de jornalista a moça é stylist. E agora…trazer um pouco do que rola em Londres para o Moda Sem Frescura! Ufa!

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Maria Eugenia (foto acima) estreia entrevistando, com exclusividade para o Moda Sem Frescura, uma das blogueiras de moda mais influentes do mundo: Susie Bubbles! Espero que vocês apreciem o texto tanto quanto eu!

A GAROTA DA BOLHA

Foi-se o tempo em que os bloggers ficavam no fundo das salas de desfiles ou que sua presença era simplesmente cortada de alguma festa bacana. Hoje eles estão na mira de todas as assessorias de imprensa, ganharam visibilidade a ponto de estampar periodicamente as revistas de moda mais descoladas do mundo e, claro, ganharam assentos mais próximos da passarela.

No último desfile da Dolce&Gabbana em setembro, blogueiros convidados – além de se sentarem na primeira fila – receberam laptops para postar sobre a coleção minuto-a-minuto. A Burberry foi mais ousada, passou os compradores para a terceira fileira, e reservou as duas primeiras para os blogueiros, mostrando que com a mudança dos tempos, talvez uma imagem num blog valha mais do que meia dúzia de casacos vendidos em alguma longínqua boutique árabe.

A facilidade de começar um blog e, poucos posts depois, já fazer cartão de visita com o título de ‘blog de moda’, em muitos casos banalizou a informação e fez surgir um exército de gente com opinião vazia, baseada em achismos. Por outro lado, também deu voz a gente talentosa que, por falta de espaço, não era ouvida, como é o caso de Susie Bubbles.

Filha de pais chineses, nascida na Inglaterra, Susie começou o seu diário online, Style Bubbles, há 3 anos e ele recentemente foi selecionado pela revista Newsweek como um dos maiores influenciadores da opinião pública – vale lembrar que nessa eleição da revista norte-americana estavam blogs sobres os mais diversos assuntos, incluindo política.

O apelido ‘Bubbles’ foi dado por uma amiga quando ainda estavam no primário. “Todo mundo achava que eu vivia dentro de uma bolha, que tinha o meu mundo particular”, explica. De fato, para aqueles pouco familiarizados com moda e com seu mundo, as criações de Susie, assim como sua estética, podem parecer um pouco over the top.

Deixando de lado essa primeira impressão, descobre-se uma menina extremamente talentosa que não teve medo de ser ‘a estranha’ durante os duros anos de colégio e, hoje, se senta na primeira fila da Chanel, têm mais de 10 mil acessos diários no blog e recentemente tornou-se editora de moda da Dazed&Consfused Digital – bíblia da moda e comportamento dos modernos. Confira abaixo o papo rápido que tivemos:

Com certeza não existe receita para um blog cair no gosto do povo. Mas, na sua opinião, o que é importante num blog?
Susie Bubbles: Uma voz original e conteúdos que já não foram replicados por toda a blogosfera. E, acima de tudo, ter uma opinião única.

Você sente que existe algum tipo de preconceito por parte das assessorias de imprensa e estilistas com relação a cobertura online?
SB: De forma alguma. Claro que depende do que se está cobrindo e, óbvio, revistas e jornais ainda são preferenciais. Mas acredito que as assessorias abrem espaço, de acordo com a qualidade da sua informação e, claro, da quantidade de leitores do seu blog.

Você conhece algum estilista ou artista brasileiro?
SB: Infelizmente não muitos. Gosto do trabalho da Cavalera, da Osklen e de Alexandre Herchcovitch.

No momento, quais são os seus designers e bloggers favoritos?
SB: Amo o Luxirare.com e o blog Foxyman. Com relação aos designers, estou apaixonada por David Koma, Fannie Schiavoni, Anthony Vaccarello, Don the Verb e Helena Lumelsky.

O que você acha dessa história de celebridades virando estilistas? Como o caso de Lindsay Lohan para Ungaro, por exemplo.
SB: Se apresentarem um bom trabalho não tenho nenhum problema com isso. Mas infelizmente, na maior parte das vezes, seus trabalhos não passam de rascunhos. Mas existem exceções, como as irmãs Olsen e a The Row. Assim, curto e grosso: o estilo e o design devem ser mais importantes do que o fato de haver uma celebridade por trás da marca.

Hoje seu blog é famoso e seu estilo virou referência no mundo fashion. Tiveram situações difíceis ao longo desses 3 anos, em que você pensou em desistir? Momentos em que você, simplesmente, não tinha tempo para escrever?
SB: O blog nunca foi meu trabalho. Ele é o meu hobby por isso nunca senti como uma tarefa ou estressante. É um prazer porque posso fazer o que quiser e não me sinto pressionada a escrever todos os dias. Por ser algo que me completa é um momento que tenho só para mim e minhas idéias. Por isso, sempre tenho tempo.

Então você quer dizer que nunca quis trabalhar com moda ou usar o blog – algo pelo qual você tem tanta paixão – como sua profissão e ganhar dinheiro?
SB: Não. Sempre tive outros trabalhos e, antes de começar na Dazed, eles não tinham nada a ver com moda. O emprego na Dazed foi meio acidental, fui pega de surpresa. Teria sido feliz também no trabalho anterior, que não tinha nada a ver com isso. O blog é a minha maneira de satisfazer uma paixão pessoal. Confesso que, às vezes, é melhor NÃO trabalhar com moda porque você pode aproveitar muito melhor o seu hobby.

Há uns tempos você viu seu nome metido no meio de uma confusão com a estilista Pam Hogg. (Susie foi fotografada usando um macacão da estilista enquanto visitava sua loja. Postou a foto no blog e a turma de Pam teve um chilique alegando que era uso indevido de propriedade intelectual, uma vez que a blogueira não havia comprado o macacão. Chamaram de ‘má publicidade’ e pediram a remoção imediada do post. Susie o fez mas, não deixou em branco: postou uma excelente reposta e encerrou o caso – leia aqui a íntegra do post . Como terminou essa história?
SB: Confesso que nunca tinha me acontecido algo assim antes, mas acredito que tudo não tenha passado de um enorme erro de comunição. Por causa da rapidez com que a informação se espalha na internet, todos ficaram sabendo. Pam Hogg em pessoa, nunca chegou a entrar em contato comigo. E a história acabou ali.

Por Maria Eugenia Tomazini

um plus a mais

glamour

Qual foi a última vez que você viu um mulherão desses, com curvas voluptuosas, na capa de um revista de moda?

Se você é da turma dos fashionistas, certamente viu Beth Ditto, vocalista do Gossip, na capa do primeiro número da revista LOVE, em fevereiro deste ano. Ela é o primeiro ícone pop a quebrar a ditadura da magreza, em muito tempo. Ditto, que além de gorda é uma lésbica militante, assumidíssima, chamou a atenção até mesmo da poderosa Anna Wintour. Um parêntesis sobre o assunto:

Pessoalmente, não acredito que a diretora da Vogue America tenha mudado sua visão sobre os padrões estéticos femininos. A revista publica um ou outro editorial com foco em diferentes tipos físicos, com alguma moça mais carnuda, uma vez por ano, e só. No restante do tempo, são veiculadas milhares de imagens que reforçam o estereótipo do corpo esguio. O fato da revista LOVE, de Katie Grand, também pertencer à Condé Nast,  é significativo. Certamente, La Wintour não quer perder o trono de grande dama de moda. Fecha o parêntesis.

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A imagem lá no topo do post, que mostra sete belas modelos com vários centímetros a mais de seios, coxas e quadris, não foi publicada na capa, mas sim na seção de saúde da revista Glamour norte-americana. E mesmo assim, eu diria que é um marco no mercado de revistas femininas. A foto ilustra uma matéria/manisfesto em que a publicação assume o compromisso de mostrar, a partir de agora, e de forma consistente, mais mulheres curvilíneas.

A autora da matéria, Genevieve Field, conta que tudo começou em setembro, quando a foto de uma modelo plus size, também nua, começou a receber muitos comentários no site da Glamour.com. Isso chamou a atenção da equipe, levando à uma inevitável pergunta: se existe uma legião de mulheres acima do peso considerado “normal” e elas manifestam o desejo de se verem representadas na mídia e na moda, porque são sumariamente ignoradas?

“Em primeiro lugar existe o problema do tamanho das roupas. A maior parte dos estilistas de ponta, não fabrica roupas maiores do que 42”, explica Genevieve Field. E a razão disso, apontada por uma pessoa que faz pesquisa de mercado, é simples: puro preconceito.  “Ainda existe um grande estigma com relação aos tamanhos grandes, no mercado de moda de vanguarda. Me mostre uma marca que está disposta a ligar sua imagem (e de seus licenciados) a isso, e terá encontrado uma empresa progressista”, diz Marshal Cohen.

Mas mesmo que mais estilistas se disponham a aumentar a numeração de suas peças, ainda existe a questão do mostruário. É que as peças fotografadas pela imprensa são confeccionadas em tamanho…36/38! A editora de moda senior, Maggie Mann, conta que quando eles vão fotografar alguém com medidas fora do padrão, sempre levam uma costureira para fazer adaptações e abrir as costuras. As únicas exceções acontecem quando as celebridades ganham roupas sob medida feitas por algum estilista.

Outro ponto importante, citado com bastante honestidade na matéria, é que as modelos que trabalham como plus size, nem são tão grandes assim. Elas estão mais para 42/44 do que para GGG. Uma delas, inclusive, diz que costuma levar enchimentos de espuma para rechear as roupas, quando vai posar para catálogos de marcas de tamanhos grandes.

Enquanto muitas mulheres escreveram para a Glamour para demonstrar o apreço por aquela imagem de mulher “real”, outras fizeram críticas duras, dizendo que a revista estaria estimulando hábitos pouco saudáveis e até a obesidade. Na minha opinião, isso demonstra claramente a neurose de uma sociedade obcecada pela aparência, pela magreza e pela ideia de perfeição.

Uma foto como aquela, com mulheres bonitas que assumem suas formas com alegria e sensualidade, não causa mais do que o aumento da auto-estima. A saúde é importante e deve ser cuidada, não importa aonde caia o ponteiro da balança. Uma gordinha de bem com seu corpo pode ser muito mais saudável do que uma magricela que se entompe de remédios e se priva de alimentos.

Em resumo, a revista se compromete, formalmente, a mostrar mais corpos de tamanhos variados, a celebrar as pequenas imperfeições que, afinal, nos tornam únicos, e a apoiar os estilistas que abraçarem a causa e produzirem roupas bacanas para vestir as formas arredondadas das mulheres reais.

No Brasil, o mercado de moda obedece ao mesmo padrão. As marcas do segmento high fashion  fazem roupas até o tamanho 44, e olhe lá. Os grandes magazines, como Renner e C&A, são um pouco mais democráticos, tanto no preço quanto na numeração, que atende até o 46/48. Além disso, é preciso se dirigir às lojas especializadas.

Eu mesma, no período em que trabalhei na revista Marie Claire, produzi 3 matérias sobre o tema, e senti a dificuldade de encontrar roupas que traduzissem as tendências de moda para quem tem um corpo maior do que a média.

Uma outra coisa que sempre me irrita, em manuais de estilo, é o tom de “correção”  e “propriedade” dos conselhos, tipo: “Se você está acima do peso, procure emagrecer! Enquanto isso, use roupas de tecidos leves e soltos, que não marcam o corpo”.  Embutido nesse discurso está a mensagem de você só será chique se for magra, e até lá, deve camuflar seus defeitos sob uma boa quantidade de pano.

Ontem, coincidentemente, o programa da Hebe recebeu Preta Gil e uma turma de mulheres plus size, responsáveis pelo blog Mulherão. Preta reafirmou que não tem o menor o pudor em usar biquíni, e que processou (e ganhou) as revistas que publicaram fotos suas, na praia, com legendas ofensivas falando do seu corpo.

As blogueiras Renata Poskus Vaz, Dani Lima e Keka Demétrio, afirmaram a determinação de se assumirem como são, “gostosas e em paz com a balança”. Elas anunciaram, inclusive, que pretendem organizar uma espécie de Fashion Week para mulheres plus size, em janeiro. Preta, é lógico, foi convidada a a ocupar o cargo de top model.

Outro blog que fala sobre o tema, além do Mulherão, é gringo Fatsionista, de Amanda Piasecki e Lesley Kinzel, que tem uma comunidade colaborativa no Flickr, em que as pessoas podem postar fotos dos seus looks.

bloco de notas ocular

A exposição AIFONEPICS, de Lucas Lenci, que está em cartaz  na Galeria DConcept, apresenta 52 imagens feitas com celular.

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“Lucas torna realidade o velho sonho de todo fotógrafo: lançar mão de sua câmera num gesto rápido como se ela fosse um simples e prático bloquinho de notas. Ou pedacinhos de papel onde anotamos tudo aquilo que vimos e que não queremos ou podemos esquecer. ”

“Além da qualidade das imagens desta exposição, há aí uma outra possibilidade que Lucas nos anuncia. Com o avanço extraordinário da tecnologia digital, aproxima-se o dia em que as câmeras ou dispositivos fotográficos serão praticamente imperceptíveis. Poderemos registrar as imagens do mundo ao nosso redor num simples ‘piscar de olhos’ que, incrivelmente, deixará de ser apenas uma força de expressão. O que diria Joseph Nicéphore Nièpce autor da primeira fotografia há quase 200 anos a respeito de tamanha revolução?” Cristiano Mascaro.

Serviço:
EXPOSIÇÃO AIFONEPICS – Lucas Lenci
Em cartaz até 27/11/09 na DConcept: alameda Lorena 1257, tel. 11 3085-5006

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A artista plástica Nele Azevedo criou uma instalação em que 1.000 homenzinhos de gelo, de proporções diminutas, derretem rapidamente sob o sol de Berlim. A ação, feita em parceria com o WWF, visa chamar a atenção para o aquecimento global e o derretimento das calotas polares.

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via GOOD Magazine, em citação de Casey Caplowe durante o TEDxSP.

novos vôos

Ontem, eu participei do TEDxSP, e sinto que foi um dia histórico na minha vida. Pode parecer exagero, mas depois de assistir a mais de 30 palestras de pessoas inspiradíssimas, envolvidas em projetos que efetivamente contribuem para mudar a realidade do nosso país, e até do mundo, minha cabeça fervilha de possibilidades, ideias, questões…

No teatro lotado, a emoção tomou conta de muitos, na platéia e no palco: rolaram lágrimas, aplausos calorosos, risos, expressões de surpresa. E no final, ficou a sensação de uma catarse coletiva e a certeza de que isso é apenas o começo. De que está se formando uma comunidade heterogênea, de gente que se importa, que está a disposta a doar seu tempo, seu trabalho e sua criatividade para construir um presente melhor, focado mais no coletivo do que no indivíduo.

Como toda experiência impactante, esta ainda precisa ser processada, digerida, elaborada. Acredito que não só por mim, mas por todos que foram “afetados”. Na medida do possível, vou compartilhando tudo aqui, com quem me lê.

Agora fiquem com a música dos pássaros, de Jarbas Agnelli, que eu tive a honra que ouvir ao vivo. O vídeo já foi visto por milhares de pessoas no youtube, mas caso você não conheça, a história é a seguinte:

O músico Jarbas Agnelli viu a foto de um bando de pássaros pousados em fios de alta tensão, no jornal, e achou que aquilo parecia uma partitura. Procurou pela foto original, feita pelo fotógrafo Paulo Pinto, e descobriu que ela havia sido “cortada” e que haviam mais passarinhos na imagem. Então, ele reproduziu as notas contidas naquela pauta musical, criando uma melodia doce, linda, quase infantil.

Meus parabéns para Helder Araújo e toda a equipe que tornou possível a ralização do TEDxSP! Foi um privilégio participar deste evento!

talento nato

“Bomba! Bomba! Bomba! Bomba! Parem as impressoras! Desliguem as TVS e os rádios! Mandem fechar os aeroportos e recolherem as motos barulhentas! Coloquem os cachorros e os gatos na caminha deles e prestem muita atencão aqui. Ontem a noite fui jurada na banca de formandos da FASM e tenho certeza que presenciei um momento histórico da moda brasileira: o nascimento de uma estrela. Tive a sorte de conhecer o trabalho da estilista Yoon Hee Lee.”

Quem dá a notícia é a estilista Thais Losso, em seu blog. Vamos deixar ela contar mais um pouco:

“Tomara que ao longo desse post eu encontre as palavras certas para contar o que vi. Nem sei se existem os adjetivos que quero usar para me expressar nesse momento. “Incrível” é pouco. “Sensacional” não dá a dimensão que senti. “Maravilhoso” não serviria para exaltar o trabalho dela. Ok. Ok. Vamos deixar bem claro que não sou jornalista, apenas uma amante da moda. Enfim, já deu pra todo mundo perceber que estou muito, muito,  mas muito passada e precisava compartilhar o que vi e o que senti com o mundo da blogosfera, pois esse trabalho não podia ficar limitado a meia dúzia de pessoas que estavam presentes ontem na sala, entre alunos, professores e nós jurados.”

UAU! Queria muito ter visto isso! Ainda me lembro do impacto que o desfile de formatura de Alexandre Herchcovitch teve sobre mim. Para quem ama moda, presenciar o surgimento de um novo talento é uma coisa quase religiosa. Mas vamos às imagens! A Thais fez algumas fotos, e vou reproduzir só uma aqui. Vai lá espiar as outras!

O tema da coleção é “Conquistando Conquistadores” e a estilista imagina o que aconteceria se a cultura dos índios americanos ter prevalecido sobre a dos europeus colonizadores.

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eu vou, eu vou, ao TEDx São Paulo eu vou…

TEDX

Já ouviu falar das palestras  TED Talks? Eu postei uma aqui no blog, tempos atrás. A sigla se refere a Technology, Entertainment e Design, e começou como uma iniciativa de promover conferências sobre estes 3 assuntos, em 1984, nos EUA.

Desde então, uma platéia atenta se reúne, anualmente, para ouvir grandes pensadores e realizadores que são desafiados a fazer uma apresentação com 18 minutos de duração, no máximo. É um exercício de síntese para divulgar ideias que valem a pena e podem contribuir  para deixar o mundo melhor.

É claro que a empreitada se disseminou por vários países, e neste sábado, acontecerá pela primeira vez no Brasil, aqui em São Paulo. O evento, que vem sendo organizado há meses, tem convites gratuitos mas disputadíssimos, e eu estou MUITO feliz por ter conseguido um!

O TEDx São Paulo terá 27 palestras (que maratona mental, heim!) feitas por pessoas que se destacam nas mais variadas áreas: publicidade, ciência, jornalismo, biologia, design, educação… Entre a atriz Regina Casé e o Babalorixá Carlos Ruby, figuram:  o criador da Box 1824,  João Paulo Cavalcanti; a educadora Adozinda Kuhlmann, de 92 anos, que leciona para pessoas com deficiência física e mental; Casey Caplowe, fundador da revista GOOD; Flavio Deslandes, que cria bicicletas de bambu (e já foi citado num post) e mais um monte de gente bacana! A programação completa está aqui!

Vale muito a pena acessar a versão norte-americana do site, e fuçar no extenso material armazenado lá. São tantas as conferências brilhantes, inspiradoras, engraçadas, sobre tantos assuntos…  Mas já que estamos num ambiente fashion, vejam o que estilista Issac Mizrahi andou falando sobre suas inspirações.

Lomovisão

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Foi inaugurada no Rio de Janeiro, no início do mês, a primeira loja Lomography da America do Sul! Para os não iniciados, é preciso explicar as câmeras analógicas Lomo eram originalmente fabricadas na Rússia, nos 80. Toscas e com poucos recursos, elas foram redescobertas em 1991 por um grupo de estudantes vienenses que encontrou um exemplar da Lomo Kompakt Automat (aka LC-A), num brechó em Praga. Depois disso, a febre foi se espalhando.

A filosofia lomo, cujo lema é “Não Pense, Apenas Fotografe” angariou uma legião de seguidores fiéis, sempre prontos a captar imagens com suas máquinas de plástico, quebrando as regras clássicas da fotografia, em nome da diversão e da experimentação.

Além de vender os produtos da Lomo, a loja carioca conta com um espaço para exposições e uma programação de workshops. Confira abaixo:

No dia 17/11, das 19 às 21hs, o tema será “Médio Formato”.
Dia 01/12, no mesmo horário, “Sol é Detalhe” ensina a usar de forma criativa as câmeras com flash.
E no dia 12/12 (sábado) das 10 às 17hs, “Cartão Postal Lomográfico”, os participantes vão poder pegar câmeras emprestadas para produzir um cartão postal.
As vagas são limitas e as inscrições podem ser feitas pelo email: loja@lomography.com.br
  • No dia 17/11, das 19 às 21hs, o tema será “Médio Formato”.
  • Dia 01/12, no mesmo horário, “Sol é Detalhe” ensina a usar de forma criativa as câmeras com flash.
  • E no dia 12/12 (sábado) das 10 às 17hs, “Cartão Postal Lomográfico”, os participantes vão poder pegar câmeras emprestadas para produzir um cartão postal.

As vagas são limitas e as inscrições podem ser feitas pelo email: loja@lomography.com.br

Lomography Gallery Store Rio de Janeiro
Av. Visconde de Pirajá 437, sobreloja 201. Ipanema.
Telefone: (21) 2267-2226

via: Ipanema Blog Lomography.com / foto: Demian Jacob

contra o apagão fashion

Como só se fala no apagão da noite de ontem, fiquei pensando em algumas soluções de moda para os momentos de escuridão. Afinal, fashionista que se preze nunca perde um evento, mesmo que o mundo esteja à beira do apocalipse!

O figurino desses dois não passaria despercebido numa noite como a de ontem, apesar do estilo estar um tanto desatualizado.

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Fonte: hemmy.net

Uma boa opção, para quem gosta de música, é a camiseta com estampa de equalizador que se move graças a um sensor sonoro, à venda na BCheap.

camiseta equalizador

Veja como funciona!

Se você nunca foi raver, talvez seja o momento de começar,  rsrsrs!

Tralhas de todos os tipos, para espantar as trevas, não faltarão! Tudo do BCheap.

ravers-painel

PS- A Anna, do blog what is the new cool fez um post bem legal falando da coleção Flash for Fun, da Diesel, que tem jeans com costuras e etiquetas que brilham no escuro; e de uma marca australiana de lingerie que também aposta no efeito “glow in the dark”, confere lá!