Bonequinha de luxo

Genial a ideia da revista canadense THEBLOCK de fazer um editorial de moda só com bonecas de pano. A tarefa ficou a cargo do bonequeiro Andrew Yang que recriou os looks da coleção Primavera-Verão 2010 de grifes como Lanvin, Marc Jacobs, Rick Owens, e Ann Demeulemeester. As imagens são de Dan Forbes.

Além de aceitar encomendas personalizadas, como a da revista, o artista desenvolve regularmente uma linha de bonecas chamada Kouklitas – palavra em grego que significa “bonequinhas”. Todas elas tem rostos pintados à mão, histórias pessoais e roupas confeccionadas com tecidos de qualidade e técnicas de alta-costura. Afinal, Yang é formado em moda e trabalhou como assistente de estilo por alguns anos, em Nova York.

Se você estiver babando por uma kouklita, considere a hipótese de desembolsar, no mínimo, uns 800 dólares. Prova de que roupas de luxo custam os olhos da cara, qualquer que seja a escala de tamanho!

Isso me fez lembrar que o estilista Jum Nakao fez algo similar em seu catálogo de Primavera-Verão 2003/2004. A diferença é que ele usou bonecas de metal, fotografadas em maquetes meticulosamente construídas. O catálogo, em formato de um livro antigo, guardava no seu interior 15 lâminas de papel, como esta que você abaixo. Um dos meus tesouros!

Catálogo do estilista Jum Nakao, fotografado por Sandra Bordim

Foto: Sandra Bordim

(via Tavi)

glamour ilustrado

Sempre fico maravilhada ao ver as aquarelas do ilustrador Kareem Iliya, publicadas nas principais revistas do mundo, em livros de moda e em publicidades de marcas como Tiffany and Co., Fendi, Shiseido, Nike, Adidas, H&M…etc.

Clique nas imagens abaixo para ampliá-las!

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Outro aquarelista sensacional, cujo trabalho acompanho há anos nas Vogues internacionais, é o sueco Mats Gustafson. Delicie-se com a sutileza e a aparente simplicidade das suas pinceladas.

Look da Louis Vuitton por Mats Gustafson

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(thanx to Abduzeedo e Art Lies)

Troque de roupa num click

Minha mãe costuma contar que quando eu era criança, por volta dos 3 ou 4 anos de idade, detestava ir a lojas e experimentar roupas. De lá pra cá, as coisas mudaram um pouco ( hahahaha!) mas ainda assim tem dias que me dá uma preguiça danada de entrar num provador de loja. No que depender da Cisco System, muito em breve esse probleminha vai ser resolvido.

The future of fashion shopping by CISCO SYSTEM from Materialiste Paris on Vimeo.

(via Arquitetura de Informação)

calcinhas em desfile

@annebecker no lingerie day do Twitter

Mais um post sobre a questão dos limites entre público e privado.

Ontem, no Twitter, rolou uma brincadeira chamada #LingerieDay: quem quisesse participar devia trocar sua foto de avatar habitual por uma outra, usando lingerie. E um bom número de mulheres aderiu à ideia, como se pode ver neste tumblr que fez uma compilação de imagens.  Já os rapazes compareceram com apenas 10 fotos, sendo que duas delas foram de deboche.

As garotas aparecem usando sutiãs incrementados, calcinhas de renda, espartilhos, meias7/8, cinta-liga, enfim, todo arsenal de sedução feminino. Os homens, por sua vez, contam com… suas cuecas.

Eu jamais me exporia dessa maneira em público,  mas acho que cada um tem o direito de gerir sua própria privacidade como bem entender. O que eu me pergunto é o que motiva as mulheres a, literalmente, desnudarem sua intimidade na internet. Vaidade, exibicionismo, vontade de ser admirada, considerada a mais gostosa? É a ditadura da fêmea fatal? Se o corpo quase nu está visível para todos, sem discriminação, existe espaço para algum mistério, para algo de íntimo e pessoal?

As perguntas não são retóricas, portanto deixem seus comentários e opiniões.

clicks sem frescura

Clicks sem Frescura – coisas bacanas ou bizarras, a um click de distância de você!

Cochilo com estilo

O designer Forrest Jessee criou essa sensacional “roupa do cochilo”. Feita em EVA, ela é portátil, leve e macia. Além disso, se você babar ou se descabelar, ninguém vai ver! Repare como ela reproduz o padrão do bordado conhecido como “casa de abelha”. (via Like Cool)

Já a bolsa do projeto Veasyble, que você vê abaixo, é confeccionada em papel e poliestileno e fornece privacidade para uma ou até duas pessoas!

Bolsa, casulo ou origami?

O interessante, nos dois projetos, é questão dos limites entre público e privado, que se apresenta para nós o tempo todo, atualmente.

Mostra Acessórios

Há algumas semanas participei de um encontro de blogs que aconteceu por iniciativa da Mostra Acessórios. O tema, “O que te faz entrar numa loja e consumir?” foi abordado de inúmeras maneiras por representantes de 13 blogs (veja a lista de todos eles aqui).

Eu optei por falar sobre a imensa vitrine online que é a internet, e a revolução que as redes sociais estão causando no consumo. Por isso, mostrei a apresentação “How the social web destroys tradicional marketing” de Thomas Baekdal.

Dani Varanda, do blog Sério, moda? contou sua experiência como internauta e consumidora da marca Antes de Paris que, segundo ela, tem uma presença digital super coerente com o ponto de venda “real”.

Alessander Guerra, do Cuecas na Cozinha, chamou atenção para o fato dos lojistas não se darem conta, ainda, da importância do site, uma vitrine para o mundo.

Claudia Berkhout, consultora de moda e amiga querida que é antenadíssima mas não tem blog, atentou para a necessidade das lojas contratarem ajuda especializada para a realização de blogs eficientes, alinhados com os valores da marca.

Não vou conseguir lembrar tudo que foi conversado lá, mas foi muito produtivo. O único porém ficou por conta da baixa audiência de lojistas. Poucos se deram ao trabalho de assistir ao debate, demonstrando que estão mesmo desconectados da importância da internet nos negócios de hoje.

Depois do papo, fui visitar a Mostra Acessórios e selecionei algumas coisas interessantes que vi por lá. Espero que gostem!

A designer carioca Claudia Duarte, que trabalha principalmente com pedras brasileiras, chifre e resina, fez uma bela coleção usando tramas de metal e amarrações de fios. Clique nas imagens abaixo para ampliá-las

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A Blao, simpática loja multimarcas que fica na Vila Madalena, trouxe peças bem inovadoras criadas por um coletivo de designers argentinos, chamado Perfectos Dragones.

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Lais Liarte mostrou colares de fios de seda rústica que podem se enrolados no pescoço, como echarpes, nos looks de inverno. Há também boas peças tricotadas com fios grossos.

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Oficina de sensações

A esta altura, acho que muita gente já se habituou a ver aqui, às sextas-ferias, a coluna Tesouros Sem Frescura de Liliane Oraggio. Acho até que tem gente que espera ansiosamente (como eu!) pelos textos preciosos, inspirados. E desta vez, ela fala de um workshop capaz de trazer à tona o brilho eterno de algumas mentes criativas. Conta tudo, Lili!

De dar água na boca e nos olhos

Agora estou de olhos fechados. Sim, vou fazer este post na escuridão, pálpebras cerradas, luzes apagadas, apenas sentindo as teaclas coordenadas com o movimento apreendido dos meus dedos. Não vou corrigir erros de grafia ou pontuação, a mente do leitor vai complear facilmente as frases. Por favor, estou compremetendo a minha correção joornalística com a intenção de que as imperfeiçoess aqui serem aceitas, como parte intrínseca do caminho até o novo, até o que não existe ainmda. não serão erros, apenas experiencia. Combinado?Vamo? Isso faz sentido depois da tarde inusitada que vivi na ultima quartafeira (ja não lembro onde é o hífen]…

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A Designer mineira Mary Arantes, que faz as bijoux mais doces e cativantes que eu conheço, coordennou a oficina Comer com os Olhos, no Zigue*Zague, evento paralelo ao SpFAshion Week. Comer com os olhos também foi o nome de sua ultima coleçao que exaltou os cinco sentidos: “A minha arte sempre reinventa outras artes. Fiz uma longa pesquisa sobre olfato, tato, paladar, audição e me dei conta do quanto a nossa cultura prioriza a visão. Aí ser fez necessário aprender com os deficientes visuais como é viver sem enxergar, sentir sem ver”, diz ela a platéia de vinte eicnco pessoas, reunidas em torno de uma távola quadrada. O convite era para que todos se fartassem com certas misturas, pois Mary faz bijous juntando pérolas com folhas de louro, cordões de cetim com anis estrelados, macarr~~ao e fios de seda, biscoisto de polvilho e veludo, nozmoscada com voal. Numa alquimia de formas, cheiros e texturas.Todo esse material irresistível estava a disposição, para que cada um de nós  se servisse a vontade e degustasse produzindo colares, pulseiras, anéis. “Não vou ensinar nada. Cada um de voces já é criativo e vale a experiência. ”, disse a anfitriã.

Entre os participants havia trêss mulherees , deficientes visuais,  da Associação dos Deficientes Visuais e Amigos, feras no Braille e na vida cheia de superações. “Eu não entendo o que é o azul petróleo. Só enteendo os azuis comparados com aquele que eu conheci. E para mim petróleo é preto”, disse a Yacopina a mais falante do trio. “Quando já estou acostumda com a roupa fica fácil combinar as cores e os modelos, mas quando é roupa nova leva um tempo para decorar”, contou ela ao estilista Geraldo Lima, que fez da relaçao da cegueira com a moda o tema de sua tese de mestrado. Vera Lúcia tateou os bowls cheiso de contas e outras delicias e logo escolheu as estrelas de anis e os canutilhos de canela , sentindo cada peça antes de resolver a orndenaçãoop.  e, numa excitação de criança fazendo traquinagem , dizia. “ Nossa, olha, que bonito”, assim via s em ver e com muito a destreza ia juntandoos fragmentos do seu colar amoroso. Yacopina preferiu os cordões de cetim, marroons e com aajuda do Geraldo passou por todas as encruzilhadas da sua invenção tateada. Não que ela não soubesse tudo, a maneira ágil e precisa com que construiu a seqüência da sua obra primeira foi incrível. De seus dedos foi surgindo o cordao trançado com o que há de mais poético na regularidade, na repetição dos padrões. “É só fazer o esquema mental e seguir a senquencia”, disse assim como sefosse coisa simples…

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Esse segredo tao fácil de ser desvendado por Yacopina, foi o desafio aceito por Claudia, que enxerga e muito bem. A moça foi a unicca da sala que se aventurou a abandonar o mundo visual,e, de olhos vendados, pela própria Mary, seguiu o caminho do mistério. “Quando veio o escuro fiquei toda arrepiada, me deu um frio por dentro, achei quenao ia conseguir. Tinha que prestar atençao dobrada  , fiquei perdida e tive que ir mais devagar. Fui me acostumando, fazendo as amarrações  e fui me acalmando”, conta ela depois de concluir o colar compotso de cordös e pedaços de voal.

Em alguns momentos, a concentração era absoltua, o silëncio se instalava como se fosse o alimento insubstancial que acompanha os flashs da criação, feita de muiotas, muitas escolhas e hesitações.

“continuo de olhos fechados, telcando…, agora me preoucpo se errei muito.

Na hora do workshp eu fiquei mesmo de olhos bem abertos, fotografando tudo, como se fosse possível registrar a ternura da Mary ao ensinar, literalmente, os segredos de suas receitas enviezadasL “ os cordões sãoo feitos de cetim barato, mas fica asism quando é cortado de viés. Isso faz toda a diferença”. Informação quentinha, de bandeja pra quem ouviisse.

Também fiquei de olho na alegria dos jovens estilistas, que mexiam com o matedrial inusitado e iam na liberdade  ação tecendo acessórios onde cabia cor, variações  em série , no sabor do acerto e erro.

E tinha uma figura que me fez agradecer o prazer que é olhar. A japonesa Miki, artista plástica, escritora, bonequeira e inventora de mil e uma delicadezas, vestia com uma capa de renda azul birlhante que, por incivel que pareça, combinava perfeitamente com uma tiara de plumas salmon, claro, inventada pela Mary. E os óculos? E os sapatos? E o sorriso de timidez de sol nascente. Um deleite de visual retrô borbulhante… Das mãos dela vi nascer uma coleção de anéis: em mintuos fez meia dúzia de lindezas, com nós, perolinnhase uma pitada de … cola quente: “Cola quente é tudo! Foi a Miki quem me ensinou a \\que pano também pode adorar adornar as mãos.  Passamos a tarde nessa nutriçáo esbanjada, de muitas descobertas, implícitas e explicitas,. Além do que fizemos, la mesmo já começou  o processo de querer mais. Era Gula pelo criativo!~~> Yacopina, Vera Lúcia e Sandra terminaram a tarde reluzentes, elas mesmas eram as jóias enfeitas por suas bijxous. E juntos estávamos na comunhado da refeiçao bem preparada, em décadas de prática e apuro da mestre -cuca (naada fresca) Mary.

Ainda continuo escrevendo     de olhos fechados… o lfuxo de pensamentos traz de volta os gestos das tantas mãos, atiçadas pela textura dos fios, pelo perfume da lavanda d ,  das especiarias. Enqautno digito, graças a deus fiz datilografia quando era menina,  no escuro, me embreago com todas as sesaçoes brotadas frescas naquela sala sem janelas do Museu Arte Moderna de São Paulo.

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Antes de sair, como tenho sangue caipira também, resolvi fazer um farnel, pra levar do que tinha de melhor e lembrar do banquete já quando ele não mais existisse. Recheei um pedço de voal com um pouco de cada iguaria:  caprichei na quantidade lavanda e nas perolas grandes, um cordao fúcsia, um encarnado, linha seda e forminhas de metal. O colar que eu fiz também foi pro pacote que amarrei com fitas azuis e verdes. Quando saímos, aalma a estavva macia e doce pela sobremesa que foi tudo, do começo ao fim… Voltei pra casa num contentamento infantil abri o farnel e fiquei lá … degustando, agora no silencio, agora já conhecendo  o que no mesmo dia de manha era mistério. Fiquei até as duas da madrugada trabalhando em um anel decetim cor de coral, com perolinhas e muitos arremates… pensando em como fazer este post. AS duas da manhã fui pra cama. Lembrei que não tinha comido nada desde o almoço. Não precisava… acho que isso deve ser parecido com a quela historia de so se alimentar de luz… Peguei no sono com  a gratidão por compartilhar de tanta riqueza ã mesa, e ã moda da Mary.

Agora, já quase meia-noite do dia seguinte, enquanto estou digitando esse texto minhas pálpebras descansam e só as imagens de dentro tomam conta. nesse ver o dia pelo avesso , fico com água na boca, com águanos olhos e agradeço de novo. Santa Luzia passou por aqui, toda enfeitada, com seu cavalinho comendo capim!

Por Liliane Oraggio

Tem mais fotos nesse álbum, AQUI

sua mais perfeita tradução

Quando se juntam na passarela, moda e música tem a capacidade de criar momentos únicos, tensos, transcendentes, líricos, ou até cômicos. Bons DJs sabem como mixar roupas e melodias de modo a estabelecer o clima exato, necessário para contar a história de uma determinada coleção.

E uma das pessoas que faz isso como ninguém é Jackson Araújo que, não por acaso, é jornalista de moda e DJ. Vale a pena acessar seu blog SHHH.FM, e se deliciar com a tradução musical dos desfiles de Lino Villaventura e Marcelo Sommer, dois grandes estilistas que se apresentaram  neste último São Paulo Fashion Week.

“Lino Villaventura e Marcelo Sommer são dois criadores que me fazem pensar sobre o poder que o espetáculo da moda tem para transformar emoções, transmutar corpos e redefinir sentimentos. Aqui, o que vi em seus desfiles de inverno 2010 vira música.” Diz Jackson Araújo.

Ouve lá!

Presença feminina na internet

Esta semana, de 25 a 31 de janeiro de 2010, acontece o Campus Party, um dos maiores eventos de tecnologia e internet do mundo. E eu vou estar por lá, não só para acompanhar as novidades e as palestras, mas também para falar sobre a presença feminina na web.

O convite partiu da Bia Granja, editora da revista PIX, que organiza periodicamente um evento chamado youPIX. Eu já participei de uma edição, em março de 2009, produzindo um editorial de moda ao vivo. Para quem não viu, aqui tem um link que explica o que rolou. E aqui, o resultado final: o ensaio Alien Dominatrix.

Eu, Liliane Ferrari, Dani Arrais e Renata Leão

Mas voltemos à Campus Party: amanhã, 27 de janeiro, às 20hs, vou estar lá no painel MULHER.COM da youPIX, junto com Daniela Arrais (Don’t Touch My Moleskine), Liliane Ferrari (produtora e blogueira) e a mediadora Renata Leão , diretora de redação da revista TPM. O assunto é a produção de conteúdo digital para o universo feminino. Se te interessou, cola lá!

O QUE: YOUPIX NA CAMPUS PARTY 2010

QUANDO: De 26 a 31 de janeiro, sempre às 20hs / Painel MULHER.COM:  Dia 27 de janeiro, às 20hs.

ONDE: No stand da Telefonica (área Expo) na CAMPUS PARTY – Centro de Exposições Imigrantes (veja aqui como chegar).

INSCRIÇÃO: Não é necessário fazer inscrição, o stand da Telefonica fica na área aberta para visitantes