Quando criei o blog, um ano e meio atrás, e batizei de Moda Sem Frescura, queria sinalizar a possibilidade de mostrar ângulos menos fúteis e óbvios de um assunto que provoca nas pessoas tanto fascínio quanto repulsa.
Apesar de ser uma profissional de moda com anos de experiência, eu mesma não estou imune à flutuações de humor e amor com o mundo fashion. Tem coisas que eu adoro e coisas que eu abomino. Coisas que me fazem sonhar acordada e outras que me dão vontade de rasgar a fantasia e desejar a volta do nudismo primevo.
Por isso, decidi inaugurar hoje a seção Amores e Ódios na Moda. Ela será publicada eventualmente, sempre que surgir um tópico que me tire do sério, para o bem ou para o mal. Vamos lá!
Uma das coisas que EU ODEIO NA MODA é o excesso de regras.
O ato de se vestir, que deveria ser uma atividade lúdica e inspiradora, facilmente se transforma num conjunto de regras e definições do que é correto, apropriado, de bom tom.
Sim, para o bom andamento das reuniões sociais é necessário saber que o pretinho básico que usa num cocktail party, não serve para um churrasco no sítio, mas junto com a adequação, toda a diversão e a espontaneidade também podem ir por água abaixo.
Vestir-se, em primeira instância, é algo que fazemos para cobrir e proteger o corpo. Além disso, o traje possibilita muitas outras coisas: seduzir, ostentar poder ou demonstrar que pertencemos a um grupo. Quando dispomos de algum auto-conhecimento e apreço pela brincadeira, este ato pode ser também uma maneira de expressão.
Então quero dar vivas às pessoas de todos os tipos físicos, idades e classes sociais que se divertem com o próprio guarda-roupa e fazem da moda um território livre, em que a diversão, a elegância e a originalidade andam juntas!
Cito um dos maiores ícones neste quesito, Diana Vreeland:
“Sem emoção não há beleza”
“Nunca tema parecer vulgar, mas sim entediante”
“A maior vulgaridade é qualquer imitação da juventude e da beleza”
“The energy of imagination, deliberation, and invention, wich fall into natural rhythm totally one’s own, maintained by innate discipline an a keen sense of pleasure –these are the ingredients of style. And all who have it share one thing: originality.” (com medo de cometer uma tradução medíocre, cito em inglês mesmo)
Frases extraídas do livro “The Power of Style” de Annette Tapert e Diana Edkins.
Tem mais sobre a tragetória da lendária editora da Haper”s Bazaar aqui.