passarela em branco

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Quem acompanha o blog deve ter percebido que ainda não comentei um único desfile desta temporada internacional. Bem… eu poderia culpar a falta de tempo (parcialmente verdade) mas, na real, ando sem vontade de me debruçar sobre o que tem acontecido nas passarelas do hemisfério norte. Daqui a pouco passa, se eu me empolgar com algum desfile memorável. Ou não.

Enquanto isso está todo mundo em polvorosa por causa da apresentação irônica do Marc Jacobs. Gostei do post escrito por Mario Mendes, no seu blog Grão Mogol. Leia aqui.

domingo nostálgico

Um vídeo para lembrar dos velhos tempos em que as supermodels dominavam o habitat fashion e o walkman era uma invenção inovadora.

Psicanálise no armário

Dica bacanérrima da amiga e jornalista Silvana Tavano:

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“Não é novidade dizer que as roupas que escolhemos dizem algo sobre nós. Mas é surpreendente imaginar que essas roupas que nos cobrem, na verdade podem estar nos “des-cobrindo” para o mundo. Mais do que revelar uma atitude ou um estado de espírito, parece que o modo como nos relacionamos com este assunto diz muito sobre a nossa personalidade. Essa é a tese das psicanalistas francesas Catherine Joubert e Sarah Stern, autoras de “Dispa-me” (Ed. Jorge Zahar, tradução de André Telles, 160 págs.). Com um olhar –psicanalítico, é claro– sobre 19 breves histórias, as autoras ajudam a decifrar os sinais que desfilamos pela vida afora: quem é a pessoa que usa sempre a mesma calça ou a que nem sabe quantas calças tem; o que significa guardar e cuidar com carinho das vestes de quem já se foi ou o que alguém que só veste preto está querendo expressar. A conterir, ns livrarias à partir do dia 18. Silvana Tavano

mais presentes de aniversário

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Foto: Rogério Cavalcanti

Texto inédito de Claudio Julio Tognoli: “Deus a la Carte”

Freud referia ser a religião uma vasta ilusão. Marx falava em ópio do povo. Carlos Drummond de Andrade em destilação  “dos ópios de emergência”. Jamais fui tocado pelo sentimento oceânico que deve ser a proximidade com o divino. Talvez o tenha, mas a memória seletiva dá conta da poda. Por outra: dá pra falar em pontuais epifanias. Aqueles momentos em que você acha que há algo além do óxido da rotina. Mas isso quase sempre ficou por conta da música. Todas as formas de arte aspiram à música, que não é outra coisa senão forma –notou Walter Pater, pai da crítica moderna, em 1877. Tudo isso para dizer que meu deus sempre foi a música.A bíblia diz que Deus criou o homem à sua imagem e semelhança. No começo do século 20, Bertrand Russell falava que era o contrário: o homem que criou Deus à sua imagem e semelhança. Seja  como for, nós humanos, que sempre condenados cães, por exemplo, como animais irracionais, ficamos de joelhos diante de um deus barbado, ou de um diabo espevitado. Damos credo a figuras antropomórficas. É difícil aceitar que o criador, ou o diabo que o valha, seja nada. Gostamos do que tem a nossas caras. Ou detestamos o que não tem as nossas caras: estão aí todo o deus e o diabo possíveis, portanto.  Socino, um monge medieval, foi condenado à fogueira porque dizia que deus era um ser que “estava aprendendo”. Os socinistas, agora, ficam felizes em ver, na física, aquela teoria da constante cosmológica, pelo qual o universo está em contínua expansão. Einstein acreditava nisso. Mas repudiava isso quando aplicado ao universo das micropartículas, quando cotejado com a chamada teoria do caos, pela qual elétrons podem ser, ao mesmo tempo, ondas e partículas. Foi por isso que escreveu “Meine Liebe Gott wurfelt nicht mit der welt”, ou “meu querido deus não joga dados com o mundo”. Gostei da frase quando a li. E a tatuei no peito, em alemão.Mas de lá para cá meu Deus teve dias que encolheu. Teve dias que se expandiu. Descobri que cada dia tenho um Deus: é um Deus pragmático. Cada dia colho nos vastos campos de letras, das minhas estantes, o Deus que me interessa. Teve dias que Deus era um insano. Teve dias em que Deus era o sorriso de minha filha. Teve dias que Deus era a luz do sol golpeando meus olhos. Teve dias que Deus estava morto. Teve minutos em que Deus em que Deus esperneou na minha frente. Kant falava que não podemos perguntar o que é Deus, mas como ele se manifesta. Religiões tentam responder o que é Deus, e por isso pecam. Mas o ser humano ainda não está preparado para ter o nada como resposta. Surfar o caos que é a vida dá trabalho. Destilar deuses de emergência parece ser “cool”. Ótimo: desde que meu Deus venha a la carte, e eu possa escolhê-lo de acordo com o meu humor. Mas tem dias que o que quero não consta do cardápio. Por isso ando emagrecendo.        

cabide

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 Ah, esqueci de avisar: o primeiro ensaio de moda feito especialmente para o Moda Sem Frescura vai ser publicado na semana que vem. É que estamos caprichando nos detalhes.

Olha só a bagunça da minha mesa! Decoração festiva por Rogério Cavalcanti.

Feliz aniversário!

Hoje o Moda Sem Frescura faz um ano! Desde que eu li uma matéria sobre blogs na revista Época e decidi experimentar esse negócio –que eu não sabia bem o que era– foram 301 posts, 527 comentários e 46.393 visualizações.

Não tenho palavras para agradecer todas as pessoas que fizeram (e fazem) parte disso. Pensei em redigir uma lista de nomes mas preferi deixar a idéia de lado, com medo de cometer alguma injustiça por conta da minha péssima memória. Cada um de vocês que clicou aqui, nesses 365 dias, colaborou de alguma forma com a continuação dessa história. Muito obrigada a todos!

E olha que legal, acabei de ganhar de presente uma ilustração incrível feita pelo Romeuuu. Valeu, querido! Adorei!

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santo poder, batman!

Depois do editorial de moda dos Simpsons na Harper’s Bazaar, é a vez da revista francesa Numéro prestar homenagem aos cartoons. Na edição de setembro (Nº 86) que acaba de chegar às bancas, heroínas dos quadrinhos exibem looks poderosos, capazes de nocautear o mais empedernido dos vilões. Com vocês: Jessica Rabbit, Mulher Aranha, Mulher Gato, Elektra e outras garotas incríveis.

Além da realização das matérias ser impecável, me pareceu uma idéia muito boa para retratar a nova imagem feminina da estação: sexy, forte, adulta e sofisticada

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A mais incrível de todas, na minha opinião: Emily the Strange

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Fotos: Camilla Akrans, Karl Lagerfeld, Solve Sundsbo, Tom Munro, Sofia Sanchez e Mauro Mongiello, Greg Kadel, Luciana Val e Franco Musso.

Imperdível!

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Não dá para perder a exposição de Marcio Simnch, uma dos fotógrafos mais interessantes da nova geração. Vai lá!