Do the human thing!

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Se você estivesse num avião e um político detestável se sentasse na poltrona da frente, o que você faria? Provavelmente, nada, assim como eu e a grande maioria das pessoas.

Se você soubesse que um homem está preso há 23anos, sem nunca ter recebido uma única visita, isso te comoveria?  Provavelmente, não. Eu, por exemplo, pensaria: ele deve ter feito algo muito grave e merece estar nesta situação.

Al Lewis, ator conhecido como o adorável vovô da família Monstro, teria atitudes completamente diferentes. Teria não, teve! Desancou o secretário de estado Henry Kissinger durante um vôo de Nova York para Los Angeles, chamando-o de assassino de massa, para baixo. Fez visitas a presos e criou uma campanha para que as pessoas se correspondessem com detentos, apenas para devolver a eles um pouco de sua humanidade.

Esta figura carismática, militante e humana é o assunto do documentário “Adeus, América”, dirigido por Sergio Oksman, que abriu o 12º Festival Internacional de Documentários,”É tudo verdade, It’s all true.”. Eu assisti o filme (que foi aplaudissímo) e recomendo. Para saber mais sobre o festival e sua programação, clique aqui.

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Sonho prateado

É lindo o filme do fotógrafo inglês Nick Knight, feito durante uma sessão de fotos para a revista Visionaire. A modelo Lily Donaldson brinca com balões prateados, envolta em fumaça de gelo seco, vestindo figurino da Maison Martin Margiela. Como trilha sonora, uma delicada versão de “Yesterday”, tocada no xilofone. Para assistir é só clicar aqui!

Ilustra, letra e música

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Eduardo Recife é um dos meus artistas gráfico favoritos. No site dele é possível ver um projeto especial que reúne uma seqüência de ilustrações com texto e música. O resultado é pura poesia. Para ver, clique aqui. Depois, é só dar um duplo clique nas imagens.

Ilustração: Eduardo Recife / Texto: Adriana de Barros / Música: Daniel Albinati e Fabiano Fonseca

Swinging 60’s

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Na coleção da marca Diva, desenhada por Andréa Ribeiro, aparecem muitas peças com perfume sixties, como este minivestido estampado, fofíssimo. Detalhes como golas arredondadas, mangas bufantes e paetês delicados, enchem tudo de feminilidade retrô. A loja da Diva fica na alameda Lorena, 578, tel. (11) 3051-4883. Vai lá!

Foto: Rogério Cavalcanti / Styling: Rodolfo Ruben/ Beauty: Ricardo dos Anjos/ Modelo: Ingrid Rössing (Viva)

Moldura

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Não é preciso ser fotógrafo profissional para aparecer na JPG Magazine. A revista de fotografia cujo slogan é “imagemaking without attitude”, publica fotos enviadas por internautas anônimos, ou, melhor dizendo, colaboradores não célebres. Para participar da próxima edição, por exemplo, é só enviar uma foto –até o final de março– que se encaixe em um dos 3 temas propostos: entropy, breakthrough e beauty redefined. Se ela for selecionada, além da publicação, você ganha cem dólares e uma assinatura de um ano da versão impressa da revista.

Quem não tem talento para fotografar, mas gosta do assunto, pode se cadastrar gratuitamente no site para receber o boletim de notícias e votar nas fotos que concorrem à publicação.

A foto acima é de Sarah Hadley.

Dose dupla

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A revista espanhola de arte gráfica, ROJO, está comemorando 6 anos de existência. A Livraria POP, point de quem gosta de toys e publicações de arte, completa 1 aninho. Para celebrar as duas datas, Roger Bassetto, dono da Pop, convida para festinha com desconto especial da revista. É nesta sexta, dia 23 de março, à partir das 20 horas.

POP: rua Virgílio de Carvalho Pinto, 297.

(As imagens acima são da Rojo número 6)

Dose dupla

A revista espanhola de arte gráfica, ROJO, está comemorando 6 anos de existência. A Livraria POP, point de quem gosta de toys e publicações de arte, completa 1 aninho. Para celebrar as duas datas, Roger Bassetto, dono da Pop, convida para festinha com desconto especial da revista. É nesta sexta, dia 23 de março, à partir das 20 horas.

POP: rua Virgílio de Carvalho Pinto, 297.

Correspondências

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O lançamento do toy Sir Sesper Soundsistem, que rolou no sábado passado, na loja da Eastpak, foi uma ótima oportunidade para conhecer o trabalho de grafitti, sticker e ilustra do Sesper. Fiquei especialmente encantada com um cadernos de desenhos e colagens.

E me lembrou o trabalho de um artista que eu adoro, Dan Eldon. Apesar de serem dois artistas distintos, no tempo, no espaço e no estilo, há alguma similaridade entre Dan Eldon e Sesper. Não vou tentar teorizar sobre o assunto, deixo isto a cargo de alguém com maiores conhecimentos de arte do que eu.

A questão é que a história de Eldon é extraordinária e vale ser contada:

Ele nasceu na Inglaterra em 1970, filho de pai inglês e mãe americana. Quando ele tinha 7 anos, a família se mudou para Nairobi, no Quênia. O garoto se apaixonou pelo continente africano, pelas tribos Masai, pelos animais selvagens. Passou a adolescência fazendo safaris com amigos, explorando a região e se metendo em aventuras mirabolantes. Dan tinha uma grande sensibilidade artística e tudo isso foi registrado em diários, com fotos, desenhos e colagens.

Em certo momento, em 1992, Dan Eldon tomou conhecimento da onda de fome que acontecia na Somália. Foi para lá com um amigo jornalista, contratado pela agência Reuters, e suas fotos mostrando crianças cadavéricas foram publicadas em vários jornais, atraindo a atenção do mundo para aquela tragédia. A região estava em guerra e os conflitos armados eram constantes. Em julho de 1993, Dan Eldon e mais 3 foto-jornalistas foram “cobrir” o bombardeio de uma região e acabaram sendo atacados e mortos pela população enfurecida. A mesma população que ele e os amigos tentavam ajudar. Hoje, os seus diários estão guardados no Museu de Arte de Los Angeles, mas vocè pode folhear alguns clicando AQUI.

 (As imagens, de cima para baixo mostram: página do diário de Dan Eldon; detalhe de uma colagem de Sesper; desenho com estêncil de Sesper; e página do diário de Dan Eldon.)