Se você estivesse num avião e um político detestável se sentasse na poltrona da frente, o que você faria? Provavelmente, nada, assim como eu e a grande maioria das pessoas.
Se você soubesse que um homem está preso há 23anos, sem nunca ter recebido uma única visita, isso te comoveria? Provavelmente, não. Eu, por exemplo, pensaria: ele deve ter feito algo muito grave e merece estar nesta situação.
Al Lewis, ator conhecido como o adorável vovô da família Monstro, teria atitudes completamente diferentes. Teria não, teve! Desancou o secretário de estado Henry Kissinger durante um vôo de Nova York para Los Angeles, chamando-o de assassino de massa, para baixo. Fez visitas a presos e criou uma campanha para que as pessoas se correspondessem com detentos, apenas para devolver a eles um pouco de sua humanidade.
Esta figura carismática, militante e humana é o assunto do documentário “Adeus, América”, dirigido por Sergio Oksman, que abriu o 12º Festival Internacional de Documentários,”É tudo verdade, It’s all true.”. Eu assisti o filme (que foi aplaudissímo) e recomendo. Para saber mais sobre o festival e sua programação, clique aqui.